Nos artigos anteriores abordamos
duas formas através das quais se dá o relacionamento com Deus. Passemos agora à
análise da figura do Redentor e do redimido, ou Salvador e salvo.
Tal percurso se mostra
proveitoso precisamente porque na sequência do livro de Gênesis esta é a imagem
que se nos aparece. Todos lembramos o episódio da Queda. Após esse infortúnio,
o homem se tornou carente de redenção e, já naquele momento, Deus a providenciou.
Ocorre que tal redenção se desenrolará no tempo, mesmo já tendo o seu plano
traçado na eternidade.
Notemos os desdobramentos
desta imagem.
Em primeiro lugar, destacamos que a figura do Redentor deriva da natureza amorosa, santa e justa: amorosa, porque não podendo Ele aceitar a ruína da sua criação, providenciou-lhe a salvação; santa, pelo fato de a criação só lhe ser aceitável, se santificada e purificada de suas imundícies; justa, tendo em vista que a superveniência do pecado exige a sua reparação idônea.