Por Natan Costa Rodrigues
Salomão, filho
do rei Davi, tornou-se o terceiro rei da nação israelita. Seu governo, marcado
por uma opulência material, possuiu ainda, como destaque, um tempo de paz e alianças
com diversos povos e nações vizinhas.
Salomão é
conhecido e reconhecido, sobretudo, pela sua sabedoria inigualável nos tempos
do Antigo Testamento. Segundo a Escritura não havia ninguém que o pudesse
rivalizar neste quesito, nem antes e nem depois dele. É considerado um filósofo,
cuja reflexão ainda não tinha sido influenciada pelo estilo grego de pensamento.
Escreveu,
ademais, conforme se acredita, três livros inspirados por Deus: Provérbios, um
conjunto de ditos e axiomas; Eclesiastes[1], um
tratado contendo uma investigação acerca do que é útil de se fazer sob o sol, e
Cântico dos Cânticos, um hino que celebra a união conjugal.
Não obstante o exposto, este breve texto visa à análise de uma questão particularmente tormentosa acerca do sábio rei: a salvação de sua alma. É que, em paralelo a esta lista de virtudes do monarca, se coloca uma outra de terríveis vícios: Salomão teve cerca de setecentas princesas e trezentas concubinas; praticou a idolatria, chegando ao cúmulo de cultuar o deus Moloque, cujo rito, consistia em parte, num sacrifício de crianças; ele supostamente teria escrito um conjunto de obras ocultistas, nas quais ensinava a invocação de demônios e a manipulação de forças ocultas.