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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Relação Deus e Homem: fatos, imagens e sentidos - III - Redentor e Redimido

 



Por Natan Costa Rodrigues

Nos artigos anteriores abordamos duas formas através das quais se dá o relacionamento com Deus. Passemos agora à análise da figura do Redentor e do redimido, ou Salvador e salvo.

Tal percurso se mostra proveitoso precisamente porque na sequência do livro de Gênesis esta é a imagem que se nos aparece. Todos lembramos o episódio da Queda. Após esse infortúnio, o homem se tornou carente de redenção e, já naquele momento, Deus a providenciou. Ocorre que tal redenção se desenrolará no tempo, mesmo já tendo o seu plano traçado na eternidade.

Notemos os desdobramentos desta imagem.

Em primeiro lugar, destacamos que a figura do Redentor deriva da natureza amorosa, santa e justa: amorosa, porque não podendo Ele aceitar a ruína da sua criação, providenciou-lhe a salvação; santa, pelo fato de a criação só lhe ser aceitável, se santificada e purificada de suas imundícies; justa, tendo em vista que a superveniência do pecado exige a sua reparação idônea.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Relação Deus e Homem: fatos, imagens e sentidos - II - Senhor e servo

 



Por Natan Costa Rodrigues

Prosseguindo com a análise proposta, desta feita vamos avaliar a relação que se dá entre o homem, como servo, e Deus como Senhor. A narrativa bíblica expõe que Deus pôs o homem no Jardim do Éden, para nele trabalhar e o guardar[1]. O termo hebraico “âbad” significa “trabalhar”, “cultivar”, “servir”, designando, além da ideia de trabalho, a noção de servir a Deus (Ex. 3:12). É a mesma palavra, que no Latim, significa “cultuar”, donde nos vem os termos “culto” e “cultura”. Por certo que a ideia de trabalho nesse texto não envolve a concepção latina de tripalium, instrumento de tortura formado por três paus, donde nos vêm a atual carga negativa do termo “trabalho”. Desse modo, utilizaremos os termos “serviço”, “trabalho” e “culto” no sentido bíblico.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Relação Deus e Homem: fatos, imagens e sentidos - I - Criador e criatura

 



Pretende-se, nesta série de meditações, uma breve análise acerca dos aspectos que envolvem a nossa relação com Deus e vice-versa. Estas relações, nas Escrituras, assumem diversas formas, a exemplo de alegorias e analogias, bem como de determinadas estruturas que são reais.

Desse modo, na Bíblia, vamos encontrar a nossa relação com Deus retratada, ora entre o Criador e a Criatura, ora entre Redentor e Redimidos; em outros momentos, teremos a alegoria onde Deus será nosso Pai e nós seremos os seus filhos. Em outra, Deus será Rei e nós seremos o seu povo, seus súditos. Outra figura consiste no Pastor e suas ovelhas; veremos a imagem do Noivo com a noiva e do marido com a sua esposa. E ainda a figura do Senhor e seus servos.

Todas essas imagens indicam aspectos da nossa relação com Deus e algo sobre como Deus se relaciona conosco e, por assim dizer, perfazem um quadro geral desse relacionamento. Por meio dessas analogias, figuras, e aspectos da realidade, conseguimos formar uma imagem abrangente da nossa relação com Deus e temos condições de nos guiar de uma forma plena, ou tendente a plenitude, em nosso relacionamento com Deus.

terça-feira, 22 de abril de 2025

O Corpo Humano na Pós-Modernidade: ou o crescimento pelo avesso



  Por Natan Costa Rodrigues

 

O propósito desta breve reflexão é a discussão em torno do corpo humano na era dita pós-moderna. O fato, que salta aos olhos, é que esse corpo está constantemente à mostra e se mostra cada vez mais. Esse movimento é ostensivo e constante. Não importa para onde se lançam os olhos, quase sempre algum corpo estará à mostra, realçando, por meio das vestes, as suas formas naturais. Eis o fato. Agora passemos a meditar no significado disto, isto é, no significado do corpo dentro desse contexto presente na atual sociedade.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Jesus e Nicodemos: O que é o Novo Nascimento?


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terça-feira, 25 de março de 2025

A Contaminação da Graça

 











 Por Natan Costa Rodrigues


Eis no que consiste a noção de Contaminação da Graça:

a)   Primeiramente consideremos um paralelo com o que ocorreu na Lei. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, cap. 7, v. 8, explica que:

“Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, obrou em mim toda a concupiscência: porquanto sem a lei estava morto o pecado”. 

Ora, ao dizer isto, ele não queria dizer que a Lei gera o pecado ou que ela seja má, mas sim que:

“(...) a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado; operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno” (Rm. 7:12-13). 

Dessa forma, o pecado, sendo uma relação, é sempre um mau por meio do bem. Ou seja, é como se a Lei tivesse sido contaminada pelo pecado. Obviamente, que uso o termo “contaminado” em um sentido metafórico, para expressar a ação do pecado, por meio da Lei.

sábado, 15 de março de 2025

Revelação e Natureza: ou a encarnação do discurso

 

  Por Natan Costa Rodrigues



 













Sumário: 1. Apresentação e conceituação dos termos; 2. Que relação se pode estabelecer entre uma coisa e outra? 3. Dialética na relação entre Natureza e Revelação; 4. Como se relaciona a revelação com o conteúdo da pregação e com a vida do pregador? 5. Conclusão

 

1.     Apresentação e conceituação dos termos


A questão que nos propomos a enfrentar nestas breves linhas é tormentosa. Cuida-se de entender, dentro do possível, a relação que se estabelece entre o mundo criado por Deus e a sua palavra revelada. Para isto, devemos proceder à conceituação dos termos e a elucidação da relação entre as realidades que lhe são referidas. Em seguida, tentaremos expor algumas consequências que surgem do que foi proposto, focalizando, especialmente, a revelação na pregação e na vida do pregador.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

A GRANDE COMISSÃO E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO: Desvendando as Razões por Trás da Relutância de Muitos Líderes Evangélicos em Abordar o Tema


 

Israel Rodrigues e Natan Costa Rodrigues

 

 A GRANDE COMISSÃO E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO


1.            INTRODUÇÃO

Diante dos últimos acontecimentos de ordem mundial, em que de um lado figura uma autoridade da mais alta corte do Brasil, o Sr. Ministro Alexandre de Moraes (Ministro do STF e atual presidente do TSE), e de outro lado, o bilionário Elon Musk, proprietário do ex-Twitter, atual X.

No dia 6 de abril de 2024, o bilionário questionou o ministro sobre o porquê de ‘tanta censura no Brasil’. No dia seguinte, 7 de abril, um domingo, Musk fez novas postagens. Ele afirmou que Moraes ‘traiu descaradamente e repetidamente a constituição e o povo do Brasil’. Além disso, ele pediu que o ministro renunciasse ou sofresse impeachment, e alertou que irá divulgar todos os perfis que foram banidos sem o devido processo legal[1].

Em resposta, no dia 8 de abril, uma segunda-feira, o ministro Alexandre incluiu Musk no inquérito 4.874, que preside na suprema corte. Ficou assim definido:

Diante do exposto, DETERMINO:

1) A INCLUSÃO DE ELON MUSK, dono e CEO (Chief Executive Officer) da provedora de rede social “X” -anteriormente “Twitter”, em face do cargo ocupado, como investigado no INQ. 4874, pela, em tese, DOLOSA INSTRUMENTALIZAÇÃO CRIMINOSA da provedora de rede social “X” - anteriormente “Twitter”, em conexão com os fatos investigados nos INQ 4781, 4923, 4933 e PET 12100;

DETERMINO, ainda, que:

3) A provedora de rede social “X” SE ABSTENHA DE DESOBECER QUALQUER ORDEM JUDICIAL JÁ EMANADA, INCLUSIVE REALIZAR QUALQUER REATIVAÇÃO DE PERFIL CUJO BLOQUEIO FOI DETERMINADO POR ESSA

SUPREMA CORTE OU PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, sob pena de MULTA DIÁRIA DE R$ 100.000,00 (cem mil reais) POR PERFIL e responsabilidade por desobediência à ordem judicial dos responsáveis legais pela empresa no Brasil.

Mas qual é a relação que essa discussão entre duas pessoas influentes tem com o tema do artigo proposto? Diríamos aos caros leitores que tem tudo a ver. Os direitos discutidos aqui, em primeiro lugar, nascem de um estado organizado, com direitos fundamentais que emanam diretamente da lei suprema do país, a nossa Constituição da República de 1988. Em segundo lugar, os direitos fundamentais são frutos de lutas, acordos e convenções internacionais dos quais o Brasil é signatário. Por outro lado, todos esses direitos estão abrigados pela liberdade de expressão, estatuídos na Constituição de 1988.

Já em relação à Grande Comissão, é notoriamente conhecido que nos países onde não há liberdade de expressão, liberdade religiosa ou liberdade de culto, também não há pregação efetiva do evangelho. Quando ocorre, é de modo clandestino, sendo considerado um ato ilícito e criminoso, ocorrendo no submundo. A gênese dos direitos individuais está historicamente atrelada ao cristianismo.

A questão é: Por que muitos líderes evangélicos se silenciam diante de um tema tão relevante? Seria isso um pecado de omissão? Como ficam os direitos e deveres dos cidadãos cristãos que votam compulsoriamente? É obrigação apenas do ímpio lutar por direitos conquistados a duras penas? Qual é a realidade dos países em que não há liberdade de expressão?

Este artigo pretende, de modo sucinto, abordar essas questões, justamente por entender que o tema é de alta relevância. O crente não pode ficar omisso a essas questões que envolvem a liberdade de expressão, que também abrange a liberdade de crença, liberdade religiosa e a liberdade de culto.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Democracia e Totalitarismo


Por Natan Costa Rodrigues


Sumário: 1. Da Antiguidade Clássica a Atualidade; 2. Democracia e Totalitarismo na Modernidade; 3. Democracia e Totalitarismo no Brasil; 4. Conclusão. 


1. Da Antiguidade Clássica a Atualidade

A Democracia constitui uma forma de governo, no qual o poder emana do povo, que o exerçe diretamente ou mediante representantes eleitos (LOPES,2010) [1]. Historicamente surge como tal na Grécia antiga, especificamente na cidade-estado de Atenas com moldes peculiares. Nesse período travou-se entre os filósofos, intensos debates sobre a viabilidade das formas de governos então existentes: monarquia, aristocracia e a democracia (BOBBIO,1981)[2].