sexta-feira, 2 de junho de 2023

BRASIL: VENCEU O MONSTRO DA DEMOCRACIA E DO AMOR

Por Natan Costa Rodrigues



Regurgitando as ideias travosas de um tal Francisco Campos, vê-se ressurgir no Brasil, no local menos esperado, no seio do virtuoso Comunismo, a crença de que em favor da Democracia e de uma Sociedade Pluralista e Tolerante, devem ser utilizados meios autoritários, intolerantes e mesmo antidemocráticos.

É que a moral, reformada no novo contexto, para significar algo como "o que é útil ao Regímen deve ser feito, aceito e defendido", agora foi amordaçada à defesa de uma Ideologia que regressa ao poder.

Não se questiona aqui a vitória do Partido sobre a sociedade ocidental, mas sim a redefinição de todas as categorias pelas quais algum tipo de vitória pode ser julgada. A mudança dos parâmetros para aferição de qualquer realidade objetiva, culmina no impedimento de se ter parâmetros para se medir a própria vitória: algo como serrar o galho em que se apoia. 

Óbvio que os partidários do Partido não enxergam as coisas deste modo, mesmo porque, a sua visão não pode ser julgada pelos demais membros normais da sociedade. Eles se converteram em uma espécie de suprassocietários: se encontram agora, no plano dos que editam o que deve nortear a vida em sociedade: os valores, as ideias, o conceito de verdade e de mentira, o que é mau e o que é bom.

Tal reconfiguração do sistema, permitiu a bizarra concretização do sonho intelectual comunista: a ilusória derrocada do Princípio da Identidade e dos Primeiros Princípios. Agora, ninguém deve saber o que alguma coisa é. Devemos primeiro perguntar aos que podem dizer e ensinar, o que que essa coisa é.  Eles possuem o poder de dizer os fatos e as coisas, as ideias e o que deve ser aceito. 

A insatisfação contra esta situação pode ser encarada de dois pontos de vista: 

1. Deve-se cultivar a vida da forma como o Ocidente a concebeu ou, para ser mais exato, da forma como foi engendrada pelo Cristianismo. Para ser ainda mais preciso, pode-se viver a vida daquela forma natural, guiada pelo senso comum de justiça, do meu e do teu, do nosso e do vosso, do grupo e do indivíduo, das partes e do todo e, é claro, tudo isso orientado pelos Primeiros Princípios da Filosofia e da Lógica. Em um desdobramento, poder-se-ia, viver de acordo com as crenças normais, em que a fé de um, implica na automática exclusão lógica, da fé do outro. No mundo normal e natural, a Contradição e a Identidade regem as relações. É possível, objetivamente imputar o erro a alguém;

2. Deve-se aguardar o único desfecho possível desse tipo de processo social: o seu fim lógico e fático. A única forma de um processo desse se manter ativo é pela Violência: seja a violência física ou psicológica. Nesse sentido, ou o processo é encerrado pela sua contradição evidente ou o Partido avança para o único passo que pode garantir a sua sobrevivência: a Ditadura;

Mais uma consideração: atualmente já não se concebe o Controle Social como sendo algo que se consiga somente pela violência física, muito embora a violência ainda seja o ponto alto desse controle. É que atualmente o Controle Social, praticamente significa o controle das ideias e das informações: o controle do pensamento e das emoções íntimas. 

A criação de crenças incompatíveis com a Cristandade ortodoxa, é algo que deve ser constantemente implementado, só que em conformidade com os mesmos princípios que legitimam qualquer crença. Nao é tempo, portanto, de se criticar essas novas crenças, mas sim de denunciar seu inevitável fracasso enquanto dogma de fé.

A maior parte dos cerébros postos em ação, na defesa dessas crenças ideológicas, são tragados na própria ação em que se movem. Morrem ao se matarem. Se cuida de autoaviltamento. Esse processo vergonhoso, em que os militantes são despidos e ficam nus perante os olhos de todos, não é mais que um vento que sopra ou um xixi feito no sono. 

A Filosofia não condena as excrecências desse tipo, mas explica como, e onde fracassam todas elas. Não se trata de algo predito pela religião, mas sim de um fato inscrito na natureza das coisas. Será se uma Besta como Frankenstein pode existir? Não só pode, como existe. Não obstante, sua existência não escapa aos mesmos princípios de ordem que regem as coisas. 

Monstros podem até existir, mas terão que sofrer as consequências de existir onde vigem regras e princípios inevitáveis. Aliás, a superveniência de Bestas Partidárias como essa "Democracia e amor", apenas confirmam a inevitabilidade dos Princípios e regras que rápido lhe julgarão.

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