POR ISRAEL COSTA RODRIGUES
O PLANO DE LIVRAMENTO
E O PAPEL DE ESTER
II. Considerar o processo de convencimento de Ester por Mardoqueu;
III-Demonstrar o plano de Ester diante do rei Assuero.
INTRODUÇÃO
A palavra-chave desta lição é ‘livramento’. O dia, o mês e o ano já estavam determinados para a execução do povo judeu espalhado pelas províncias do império persa. Só uma ação divina poderia livrar o povo da sentença maligna de Hamã. Nesta lição estudaremos sobre o perigoso plano de Ester para salvá-los. Também veremos que a fé é importante para romper barreiras, a oração e o jejum são armas poderosas para os momentos de adversidades. Boa leitura. Boa leitura.
1. O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER
1.1 Lamento, choro e compadecimento
A rainha Ester não sabia do decreto do rei, embora estivesse no palácio do rei. A notícia chegou ao conhecimento da rainha por meio de Hataque, eunuco do rei. Mardoqueu lhe fez saber de tudo, enviou por mãos do eunuco a cópia do decreto publicado na província de Susan e nas demais, informou o valor pago por Hamã aos cofres do rei, pela causa da morte dos judeus.
1.2. Um obstáculo real
Já fazia trinta dias que a rainha não era chamada ao pátio interior, entrar significava pôr a sua vida em risco de morte. Neste ponto aprendemos duas lições importantes: cobrança e responsabilidade. A primeira, exercida por Mardoqueu, “não pense que, por estar no palácio real, … conseguirá escapar”, referindo-se à rainha. A segunda, protagonizada por Ester, “irei falar com o rei, ainda que seja contra a lei; se eu tiver de morrer, morrerei”. Exemplos de fé, coragem e ação.
1.3. Autoritarismo e morte
Para preservar a vida do rei, não era permitida a entrada de pessoas no interior do pátio, isso incluía até mesmo a rainha. O autoritarismo e a violência, frutos de guerras e conquistas de territórios de inimigos, geravam para o rei muitos desafetos. No livro de Ester, dois eunucos do rei foram denunciados por conspirar contra o rei. Mesmo com todo o cuidado, o comentarista da lição informa-nos que no ano de 465 a.C., portanto, oito anos depois dos acontecimentos de Ester, o rei Assuero foi assassinado.
2. MARDOQUEU CONVENCE ESTER
2.1. Confiando na providência divina
Mardoqueu convenceu a rainha de forma firme e contundente. Mardoqueu a alertou dizendo que nem mesmo ela escaparia, e que talvez foi para essa causa que foi posta naquela posição. Se, se recusasse socorro e livramento, viria para os judeus de outro lugar. Isso demonstra a confiança de Mardoqueu, a sua fé inabalável, por outro lado, revela a coragem da rainha Ester em entrar na presença do rei sem ser chamada.
2.2. Primeiro Deus, depois o homem
Ester, pelo fato de ser a rainha e ser uma jovem muito bonita, poderia usar artifícios de sedução ou mesmo de persuasão para tentar convencer o rei e evitar a tragédia anunciada. Porém, ela optou por buscar refugiar-se em Deus. Foram três dias de oração e jejum, Deus concedeu graça a Ester diante do rei Assuero. Os problemas em nossas vidas são quase que inevitáveis, a exemplo de Ester e Mardoqueu, devemos buscar a providência divina e não confiarmos em nossas próprias forças.
2.3. Confiar em Deus não é tentá-lo
Nós devemos confiar em Deus e não o tentar. Ester confiou em Deus, a rainha não colocou Deus contra a parede, não exigiu de Deus um livramento incondicional, muito pelo contrário, ela convocou um jejum de três dias para todos os judeus. Isso mostra ao menos duas situações: a) não estamos isentos de problemas, b) a providência divina é precedida de ação, fé e coragem.
3. O PLANO. ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE
3.1. Prudência, preparação e ação
O triângulo estava formado, de um lado, Hamã, homem poderoso, que tinha total confiança do rei, de outro a rainha Ester, e no topo da pirâmide o rei. Ester sabia que a tarefa era difícil, mas não impossível, pois acima da pirâmide está o Rei dos Reis. É essa confiança, prudência e coragem que todos nós, homens e mulheres, devemos cultivar.
3.2. Estendendo o cetro
É surpreendente a estratégia da rainha para ser vista pelo rei, eu falei vista pelo rei. Ester foi cuidadosa, ela ficou em posição em que pudesse ser vista pelo rei, notada. Percebe-se que todos os passos da rainha foram meticulosamente pensados, até o modo de sua aparição diante do rei. A rainha poderia pedir tudo ao rei, veja, o seu povo estava com os dias contados. Mas o que ela faz? Convida o rei e seu algoz, Hamã, para um jantar. Isso é simplesmente controle, astúcia e fé.
3.3. Em sintonia com Deus
Todo conhecimento de Ester, a sua estratégia, foi proveniente de Deus. Os três dias de jejum e oração serviram não apenas para livrá-la da morte, mas também para aprender, por meio do Espírito de Deus, a melhor maneira de enfrentar o problema. A rainha teve inicialmente duas oportunidades para contar ao rei o plano de Hamã, porém deixou para revelar no último banquete. Uma vez mais, Ester revela conhecimento, prudência e que estava em sintonia com Deus.
CONCLUSÃO
A lição importante que aprendemos diz respeito ao seguinte: a) mesmo servos do Deus altíssimo, não estamos isentos de adversidades; b) a vitória não é automática, ela é precedida de ação, fé e coragem; c) A ação é racional, deve ser acompanhada de cautela, prudência e planejamento; d) ter controle emocional, mesmo diante de situações que envolvam risco de vida; e) a confiança não deve vir de atributos físicos ou materiais, mas do próprio Deus.
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