quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Comentário da Lição 10-EBD-Revista de Adulto-3º Trimestre 08/09/24

 POR ISRAEL COSTA RODRIGUES


O PLANO DE LIVRAMENTO 

E O PAPEL DE ESTER

TEXTO ÁUREO
Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera. (Is 64.4)

VERDADE PRÁTICA
É nos momentos dramáticos da vida que mais aprendemos a confiar em Deus e a depender dEle realmente.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ester 4.5-17; 5.1-3,7,8

OBJETIVOS

I. Relatar o plano de Mardoqueu e o temor de Ester;

II. Considerar o processo de convencimento de Ester por Mardoqueu;

III-Demonstrar o plano de Ester diante do rei Assuero.

INTRODUÇÃO

A palavra-chave desta lição é ‘livramento’. O dia, o mês e o ano já estavam determinados para a execução do povo judeu espalhado pelas províncias do império persa. Só uma ação divina poderia livrar o povo da sentença maligna de Hamã. Nesta lição estudaremos sobre o perigoso plano de Ester para salvá-los. Também veremos que a fé é importante para romper barreiras, a oração e o jejum são armas poderosas para os momentos de adversidades. Boa leitura. Boa leitura.

1. O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER

1.1 Lamento, choro e compadecimento

A rainha Ester não sabia do decreto do rei, embora estivesse no palácio do rei. A notícia chegou ao conhecimento da rainha por meio de Hataque, eunuco do rei. Mardoqueu lhe fez saber de tudo, enviou por mãos do eunuco a cópia do decreto publicado na província de Susan e nas demais, informou o valor pago por Hamã aos cofres do rei, pela causa da morte dos judeus.

1.2. Um obstáculo real

Já fazia trinta dias que a rainha não era chamada ao pátio interior, entrar significava pôr a sua vida em risco de morte. Neste ponto aprendemos duas lições importantes: cobrança e responsabilidade. A primeira, exercida por Mardoqueu, “não pense que, por estar no palácio real, … conseguirá escapar”, referindo-se à rainha. A segunda, protagonizada por Ester, “irei falar com o rei, ainda que seja contra a lei; se eu tiver de morrer, morrerei”. Exemplos de fé, coragem e ação.

1.3. Autoritarismo e morte

Para preservar a vida do rei, não era permitida a entrada de pessoas no interior do pátio, isso incluía até mesmo a rainha. O autoritarismo e a violência, frutos de guerras e conquistas de territórios de inimigos, geravam para o rei muitos desafetos. No livro de Ester, dois eunucos do rei foram denunciados por conspirar contra o rei. Mesmo com todo o cuidado, o comentarista da lição informa-nos que no ano de 465 a.C., portanto, oito anos depois dos acontecimentos de Ester, o rei Assuero foi assassinado.

2. MARDOQUEU CONVENCE ESTER

2.1. Confiando na providência divina

Mardoqueu convenceu a rainha de forma firme e contundente. Mardoqueu a alertou dizendo que nem mesmo ela escaparia, e que talvez foi para essa causa que foi posta naquela posição. Se, se recusasse socorro e livramento, viria para os judeus de outro lugar. Isso demonstra a confiança de Mardoqueu, a sua fé inabalável, por outro lado, revela a coragem da rainha Ester em entrar na presença do rei sem ser chamada.

2.2. Primeiro Deus, depois o homem

Ester, pelo fato de ser a rainha e ser uma jovem muito bonita, poderia usar artifícios de sedução ou mesmo de persuasão para tentar convencer o rei e evitar a tragédia anunciada. Porém, ela optou por buscar refugiar-se em Deus. Foram três dias de oração e jejum, Deus concedeu graça a Ester diante do rei Assuero. Os problemas em nossas vidas são quase que inevitáveis, a exemplo de Ester e Mardoqueu, devemos buscar a providência divina e não confiarmos em nossas próprias forças.

2.3. Confiar em Deus não é tentá-lo

Nós devemos confiar em Deus e não o tentar. Ester confiou em Deus, a rainha não colocou Deus contra a parede, não exigiu de Deus um livramento incondicional, muito pelo contrário, ela convocou um jejum de três dias para todos os judeus. Isso mostra ao menos duas situações: a) não estamos isentos de problemas, b) a providência divina é precedida de ação, fé e coragem.

3. O PLANO. ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM BANQUETE

3.1. Prudência, preparação e ação

O triângulo estava formado, de um lado, Hamã, homem poderoso, que tinha total confiança do rei, de outro a rainha Ester, e no topo da pirâmide o rei. Ester sabia que a tarefa era difícil, mas não impossível, pois acima da pirâmide está o Rei dos Reis. É essa confiança, prudência e coragem que todos nós, homens e mulheres, devemos cultivar.

3.2. Estendendo o cetro

É surpreendente a estratégia da rainha para ser vista pelo rei, eu falei vista pelo rei. Ester foi cuidadosa, ela ficou em posição em que pudesse ser vista pelo rei, notada. Percebe-se que todos os passos da rainha foram meticulosamente pensados, até o modo de sua aparição diante do rei. A rainha poderia pedir tudo ao rei, veja, o seu povo estava com os dias contados. Mas o que ela faz? Convida o rei e seu algoz, Hamã, para um jantar. Isso é simplesmente controle, astúcia e fé.

3.3. Em sintonia com Deus

Todo conhecimento de Ester, a sua estratégia, foi proveniente de Deus. Os três dias de jejum e oração serviram não apenas para livrá-la da morte, mas também para aprender, por meio do Espírito de Deus, a melhor maneira de enfrentar o problema. A rainha teve inicialmente duas oportunidades para contar ao rei o plano de Hamã, porém deixou para revelar no último banquete. Uma vez mais, Ester revela conhecimento, prudência e que estava em sintonia com Deus.

CONCLUSÃO

A lição importante que aprendemos diz respeito ao seguinte: a) mesmo servos do Deus altíssimo, não estamos isentos de adversidades; b) a vitória não é automática, ela é precedida de ação, fé e coragem; c) A ação é racional, deve ser acompanhada de cautela, prudência e planejamento; d) ter controle emocional, mesmo diante de situações que envolvam risco de vida; e) a confiança não deve vir de atributos físicos ou materiais, mas do próprio Deus.





















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