sábado, 24 de agosto de 2024

Comentário a lição 8-EBD-Revista de Adultos- 3º/trimestre de 2024

 Por Israel Costa Rodrigues


 A RESISTÊNCIA DE MARDOQUEU


TEXTO ÁUREO

Então, os servos do rei , que estavam à posta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?

VERDADE PRÁTICA

Como crstãos, somos sujeitos a conflitos éticos-morais e devemos decidir sempre de acordo com a vontade e a orientação de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ester 2.21-23; 3.1-6

OBJETIVOS

I. Tratar a respeito da descoberta de Mardoqueu acerca de uma conspiração contra o rei;

II. Abordar a exaltação de Hamã pelo rei;

III. Relacionar a resistência de Mardoqueu com o ódio de Hamã.

INTRODUÇÃO

Temos diversos exemplos na Bíblia de pessoas que não se curvaram diante de qualquer sistema. Na verdade, o povo judeu é reconhecidamente um povo obstinado, no sentido de preservar a sua identidade. Ao longo da história da igreja, há exemplos de sobra que mostram cristãos que tiveram suas vidas ceifadas, mas não se curvaram a nenhum sistema político, econômico ou ideológico. Está lição revela um desses casos de bravura. Mardoqueu não se curvou diante daquilo que fugia do ensino de seus pais e da adoração ao Deus eterno. Nos acompanhem em mais uma lição.

1. Mardoqueu descobre uma conspiração contra o rei

1.1 Os bastidores do poder

Não há organização humana que esteja imune aos levantes, aos motins, aos sentimentos facciosos, etc. De Moisés a Jesus Cristo, passando pelos apóstolos, governos até os dias hodiernos, as organizações religiosas e os governos passam por crises. No nosso exemplo, Mardoqueu contou a rainha Ester o plano dos eunucos Bigtã e Teres, para matar o rei. São várias as causas que podem suscitar o levante de pessoas contra governos ou igrejas. Na qualidade de salvos em Cristo devemos ter discernimento e preservar em nossos corações o mandamento de amar o próximo como a nós mesmos.

1.2. A investigação

A denúncia feita por Mardoqueu não se tratava de fofoca, a situação era grave e envolvia a vida do próprio rei. Esse judeu agiu com sabedoria ao informar a rainha Ester do plano para assassinar Assuero. O texto sagrado deixa claro que houve uma investigação para saber se de fato aquela acusação era procedente. A investigação revela prudência ao ajudar a descobrir a verdade dos fatos. Isso nos deixa uma lição importante: a de não tomarmos decisões precipitadas, a analisar e ouvir outras fontes para que só então, possamos adotar um posicionamento.

1.3. O registro dos fatos

Havia pena de morte para quem conspirasse contra o rei. Após a investigação chegou-se aos culpados, ambos Bigtã e Teres foram enforcados. O acontecimento ficou registrado no livro das crônicas perante o rei. Nesse primeiro momento, percebe-se que Mardoqueu não recebeu nenhuma honra, ainda que a sua ação salvou a vida do rei. A lição importante que podemos aprender, é que devemos tomar atitudes em relação a pessoas sem, contudo, esperar algo.

2. Hamã é exaltado pelo rei

2.1. Um novo personagem

Hamã, descendente de Agague, inimigo histórico de Israel, era uma pessoa sagaz. Ele aparece no enredo sendo exaltado pelo rei. Ele era uma espécie de primeiro-ministro, a segunda pessoa do rei. O posto era por demais relevante que todos os súditos do reino deveria curva-se diante dele. É aqui que nasce o grande drama de perseguição com a consequente providência divina.

2.2. Um herói aparentemente esquecido

De um lado Mardoqueu, o homem que salvou a vida do rei, de outro Hamã, um homem rico, prepotente e ambicioso. O texto não deixa claro o que levou o rei a exaltar Hamã, o fato é que: aquele que salvou o rei foi aparentemente esquecido. Aparentemente, porque foi registrado nos livros das crônicas e no livro das providências divinas. Essa passagem nos diz que devemos confiar em Deus, pois Ele sabe o momento certo de honrar os seus filhos.

2.3. Evitando frustrações

Uma certa vez, ouvi uma pregação que o pregador nos aconselhava a não sonharmos além de nossas capacidades. Esse ensino é verdadeiro, quando sonharmos além daquilo que podemos alcançar, vivemos em contante ansiedade e frustrações. Mardoqueu poderia ser uma pessoa frustrada, ele salvou o rei e, agora, um decreto assinado pelo rei determinava a morte do seu povo. Todavia, isso não aconteceu. Aquilo que parecia uma tragédia, tornou-se em livramento.

3. A resistência de Mardoqueu e o ódio de Hamã

3.1. Reverenciado por todos

Os motivos para a promoção de Hamã são desconhecidos. A promoção garantiu ao novo ministro o status de um semideus, pois o rei determinou que todos os súditos do reino se curvassem diante de Hamã. Mardoqueu foi à contramão e não se curvou diante de Hamã. O que moveu Mardoqueu foi a sua convicção, a sua integridade diante de Deus. Aprendemos que a fidelidade é um pressuposto da vitória.

3.2. A condição de Judeu

O autor da lição cogita que Mardoqueu não se curvou diante de Hamã por questões religiosas. Eu particularmente também concordo. Embora muitos judeus tenham ficado nas províncias do império persa, eles mantinham as tradições e a adoração ao Eterno. Isso despertou o ódio de Hamã, veja que, na qualidade de semideus, não permitiria que estrangeiros não se curvassem diante dele. Lamentável, mas ainda hoje temos que lutar contra nações que desejam o isolamento do povo judeu.

3.3. Inimizades intergeracionais

Inimizade intergeracional é aquela que se estende no tempo. Trata-se de desentendimento que atravessa gerações, sendo muito comum em alguns lugares. A inimizade do agagita com Mardoqueu, ou melhor, com os judeus, se deu por conta da morte do rei amalequita, Agague. A inimizade perpetrada por Hamã lhe serviu de laço, levando-o para a forca. Aprendemos com Hamã aquilo que não devemos fazer. Por isso, a Palavra nos adverte a amarmos até mesmo aqueles que nos perseguem.

CONCLUSÃO

Se Mardoqueu fosse um murmurador, talvez pensaria, "salvei o rei e o pago que recebo é a humilhação". Muitas vezes deixamos de receber de Deus coisas grandes porque murmuramos. Mardoqueu manteve-se firme e não se curvou. Mardoqueu não agiu com insubmissão? Não. Muito pelo contrário, isso é fidelidade a Deus. Que possamos, a exemplo de Mardoqueu, permanecer firmes em qualquer circunstância.




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