sábado, 22 de junho de 2024

Comentário da Lição 12- EBD- Revista de Adulto - 2º. Trimestre, 23/06/24


Israel Costa Rodrigues


A BENDITA ESPERANÇA: A MARCA DO CRISTÃO


TEXTO ÁUREO:
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2.13).

VERDADE PRÁTICA:
A esperança cristã é a âncora que mantém a alma do crente firme diante dos dissabores em nossa jornada de fé.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8. 18-25

OBJETIVOS

1. Mostrar o alvo da esperança cristã;

2. Explicitar a doutrina da esperança cristã;

3. Enfatizar a esperança cristã como a âncora da alma do crente.

 INTRODUÇÃO

Vivemos tempos difíceis e trabalhosos. A cada dia que passa, fica mais evidente a desigualdade, a injustiça e a miséria. Nesse emaranhado de coisas, todos, de alguma forma, depositam suas esperanças em algo que possa lhes trazer um pouco de alívio na alma e no espírito. Alguns colocam suas esperanças nos bens materiais, no poder, no governo, na influência que possuem, etc. Porém, a nossa esperança está em Cristo, Ele é o fundamento de tudo. A nossa esperança está tanto no presente quanto no futuro. Fique conosco até o final.

1. PARA ONDE APONTA A ESPERANÇA DO CRISTÃO?

1.1 A esperança cristã.

A esperança de todo cristão é Cristo, Ele é a nossa esperança (Cl 1.27). A esperança, à luz das Sagradas Escrituras, é um sentimento que impulsiona o cristão a prosseguir (Rm 8.24, 25). É uma expectativa presente e futura, escatológica (Rm 8.18; 1Co 15.19). A esperança tem sua origem em promessas. A Bíblia está cheia de promessas que foram cumpridas, dentre elas o nascimento, morte e ressurreição de Cristo. Aguardemos com esperança a sua segunda vinda. 🙌

1.2 A esperança nas cartas do Apóstolo Paulo.

Podemos observar na teologia paulina a apresentação da esperança do cristão em alguns aspectos. Vejamos: Paulo apresenta Cristo como fonte de esperança (1Tm 1.1); a esperança da vida eterna (Tt 1.2); a esperança da ressurreição (1Co 15.20-23); a esperança da segunda volta de Cristo (Tt 2.13); e, por fim, a glorificação do corpo (1Co 15.52). O centro da esperança paulina é escatológico, mas o apóstolo não despreza as bênçãos e promessas para o presente.

1.3 Deus: o autor da nossa esperança.

Deus é o autor da nossa esperança porque Ele é fiel: “Porque a palavra do Senhor é reta, e todas as suas obras são fiéis” (Sl 33.4). Deus se permite conhecer por meio de seus atributos revelados nas Escrituras Sagradas, esses atributos falam mais da natureza de Deus. A onipotência dEle mostra que tem todo o poder, e sua fidelidade revela que Ele cumpre suas promessas. Ele nos fez uma promessa em (Gn 3.15), Cristo é o cumprimento dessa promessa. Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho para ser a salvação de todos aqueles que nEle creem. Por isso, Ele mesmo é o autor da nossa esperança.

2. A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DA ESPERANÇA CRISTÃ

2.1 A Bíblia focaliza o futuro

A esperança é uma expectativa, trata-se da confiança depositada em algo. No nosso caso, a nossa esperança é depositada em Deus e em Cristo Jesus, seu Filho. Se bem analisarmos, a esperança nasce de acontecimentos do passado, presente e futuro. Imaginem uma criança cujo pai lhe prometeu um presente de aniversário; a esperança dessa criança é receber o presente porque confia na promessa que lhe foi feita. Nessa ilustração, há aspectos nos três tempos verbais. A esperança é escatológica porque tem fundamento no passado, no presente e no futuro.

2.2 A esperança no porvir traz consolo e alegria ao crente.

O escritor aos Hebreus nos diz que fé é o fundamento das coisas que se esperam. A fé em Cristo faz brotar a esperança que nasce em nossos corações. Não importa a classe social do salvo, todos nós passamos por grandes lutas e provações. Por isso, aguardamos ansiosamente a volta do nosso Salvador. O escritor aos Hebreus diz que muitos morreram sem receber suas promessas, mas as viram de longe, porque tinham fé em Deus (Hb 11.13). Tenhamos fé nesse Deus vivo. O que nos espera no porvir é gozo, alegria e paz com Jesus.

2.3 Por que uma doutrina da esperança?

Imaginem se vivêssemos sem a esperança da volta de Cristo e da vida eterna com Ele; não haveria fundamento para a fé, não haveria necessidade de santificação, de pregar o evangelho, de produzir frutos do Espírito, de desenvolver os dons ministeriais e espirituais. Toda a Palavra revelada não teria sentido. De Gênesis a Apocalipse, o que mantém acesa a nossa fé e esperança são as promessas feitas por Deus. Em Atos 1.11, temos a promessa de que Cristo vai voltar, e isso nos mantém sempre em esperança.

3. NOSSA ESPERANÇA COMO ÂNCORA DA ALMA

3.1 Nossa esperança como âncora.

A nossa região é pesqueira, logo todos têm conhecimento do que seja uma âncora, ou como é chamada aqui (litoral maranhense), “ferro”. É uma peça de ferro bem pesada, com pontas finas, que se prende ao fundo do mar, de modo que a embarcação não mude de lugar, apesar do vento forte, maresia e a força da água. O escritor aos Hebreus (6.18, 19) compara a nossa esperança a uma âncora. A esperança-âncora está fincada em Cristo Jesus; os obstáculos vêm, mas estamos firmes.

3.2 Por que a esperança do crente é a melhor?

A nossa esperança é melhor porque não traz decepções (Rm 5.5), porque nos salvou (Rm 8.24), nossa esperança não é orgulho (1Co 9.15), nossa esperança produz justiça (Gl 5.5), a esperança não confunde (Fp 1.20). Poderíamos trazer muitos fundamentos bíblicos sobre por que a nossa esperança é a melhor. Ela não escraviza, não humilha, não maldiz, não é egoísta. A nossa esperança é amor, é paz, é longanimidade, é verdade. A nossa esperança é a melhor porque é Cristo Jesus, o nosso Senhor.

3.3 Mantendo firme a esperança.

Para mantermos viva a nossa esperança, é preciso confiar em Deus, é preciso ter fé. Em primeiro lugar, é preciso crer em Jesus para a salvação (At 16.31). Em segundo lugar, é preciso desenvolver uma vida de santificação, orar, jejuar, meditar na Palavra, congregar, evangelizar, ouvir a Palavra de Deus e vivê-la. Essa vida de dedicação impulsiona o crente a buscar mais e mais. Consequentemente, a fé aumenta nossa esperança na volta de Cristo, o que nos faz estar o tempo todo atentos e esperançosos.

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que a esperança é uma expectativa de coisas extraordinárias que irão acontecer. Deus é o autor da nossa esperança, pois lá no princípio Ele nos prometeu a salvação em Cristo Jesus. Ele veio, morreu, ressuscitou e nos fez a promessa de que voltará. A esperança é para nós como uma âncora; pode vir o que for, estamos firmes no propósito, qual seja, estamos aguardando a volta de Cristo. Estejamos atentos, Ele vai voltar.

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