Por Jerffeson Cristiano
Texto base: Romanos 8:31-32:
“₃₁ Que diremos, então, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
₃₂ Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, será que não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”
O apóstolo inicia aqui o chamamos de cântico da vitória dos crentes. No versículo 31, Paulo faz uma pergunta retórica, ou seja, uma pergunta para a qual a resposta é óbvia.
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
A resposta é, “ninguém”. Não existe oposição para os servos de Deus porque ele está a nosso favor. Deus é por nós. Qual é a prova que ele está a nosso favor? Paulo cita duas provas firmes, uma aponta para o passado, e a outra, para o futuro.
O versículo 32 contém a primeira prova que consiste em uma afirmação soteriológica sobre o sacrifício de Cristo, como também uma afirmação escatológica, que contempla a herança eterna dos crentes.
A prova que
aponta para o passado é, “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por
todos nós o entregou”.
Paulo diz que Deus não poupou seu Filho. Ele parece estar fazendo menção a Gênesis 22.16, quando do sacrifício de Isaque. O mesmo verbo no grego é usado na passagem de Gênesis, em que Abraão não poupa Isaque, estando disposto a dá-lo em sacrifício a Deus. Mais tarde o próprio Senhor também não poupou aquilo que lhe era mais precioso, o seu Santo Filho Jesus.
Ao falar que
Deus entregou Cristo por todos nós, Paulo nos ensina duas coisas sobre a obra
da redenção. Primeiro, a morte de Cristo não foi um acidente; não foi uma
tragédia; algo com que Deus, nem Jesus contavam. Foi Deus quem entregou Jesus
pela sua soberana vontade, sendo a sua morte parte do plano redentor de Deus.
Mais dois apóstolos corroboram as palavras de Paulo, provando assim que esse
era um dos pensamentos dominantes na mensagem apostólica.
Jo 3:16:
“₁₆ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
At 2:23:
“₂₃ … este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus.”
Segundo, a morte de Cristo foi substitutiva. Ele foi entregue por nós, em nosso favor. Jesus assumiu o nosso lugar como culpado, sofrendo por esta razão, o castigo que era nosso devido ao pecado. Quando Paulo fala da obra da redenção no passado como prova de que Deus é por nós, ele está dizendo que Deus anteriormente, poderia nos condenar; ele poderia ter nos dado sua ira, mas em lugar disso, deu o seu Filho precioso como oferta por nosso pecado. Se havia um momento que o Senhor poderia nos punir era quando estávamos separados dele, em transgressões, mas ele nos “amou de uma tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito”.
A obra
redentora de Cristo no passado nos tornando também filhos de Deus no presente é
a prova viva de que não há mais oposição que nos condene porque aquele que
poderia fazer isso não mais nos condena. Deus é por nós.
Ótima exposição, objetiva e clara com boa argumentação. Deus continue abençoando grandemente 👏
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