domingo, 25 de fevereiro de 2024

Comentário da Lição 8/ Adultos-1º Trimestre, 25/02/24

Comentário da Lição 8/ Adultos-1º Trimestre, 25/02/24

Por Israel Rodrigues

 

 

A DISCIPLINA NA IGREJA

TEXTO ÁUREO

E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido.  (Hb 12.5)))

VERDADE PRÁTICA

A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Hebreus 12. 5-13

 

OBJETIVOS

 

I.                    Mostrar a necessidade de disciplina na igreja;

II.                 Destacar que a disciplina tem como propósito preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado;

III.              Apresentar as diferentes formas de disciplina elencadas na Bíblia.

INTRODUÇÃO

O tema da lição desta semana é muito interessante. As palavras de ordem mais usadas pela grande mídia e incorporadas em muitas igrejas evangélicas são: amor, empatia, tolerância, liberdade, etc. Neste contexto, parece que a disciplina bíblica cristã está desatualizada. No entanto, o presente estudo indica que não. A disciplina nasce das escrituras e forma o verdadeiro caráter do cristão.

I - A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA

A disciplina na igreja é uma necessidade. A etimologia da palavra disciplina guarda relação com a palavra discípulo. Significa instrução, conhecimento, etc. A partir da própria natureza da palavra, com o passar do tempo, ela também ganhou um sentido de ‘colocar as coisas em ordem’ ou ‘colocar no lugar o que está fora’. Nesse sentido, aquele que diz ser discípulo e membro do corpo de Cristo deve fazer o que reflete a santidade de Cristo, sob pena de receber correção.

A disciplina é necessária em virtude da santidade de Deus. É um erro pensar que a disciplina na igreja não deve acontecer porque Deus é amor. Na verdade, ‘amor’ é apenas mais um atributo de Deus. Ele é o único Deus verdadeiro e santo. Visto que Deus é santo, todos os membros do corpo também devem ser santos (Lv 11.45). O escritor aos Hebreus deixa isso bem claro, quando diz: ‘Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor’ (Hb 12:14).(Hb12:14).

Por outro lado, a necessidade da disciplina na igreja nasce em virtude de fazermos parte do corpo de Cristo. O apóstolo Paulo faz essa analogia para mostrar a importância de todos os membros e que estamos submissos à vontade de Cristo. Veja, naturalmente, um corpo, usando do seu sistema de defesa natural, expulsa todo corpo estranho. Parece-me que essa é uma lei natural e universal: todo organismo, humano ou da natureza, acaba por afastar-se daquilo que lhe traz danos.

Para as pessoas presas ao politicamente correto, cujas mentes e pensamentos foram moldados por um novo conjunto de palavras, no qual se admitem algumas e outras não. Mas, analisemos o que diz o salmista: ‘Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos’ (Sl 1:5). Observando apenas pelo olhar da empatia e da tolerância, parece ser muito duro mesmo. Veja o que diz o escritor aos Hebreus:

“Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho”. O escritor aos Hebreus pontua que toda correção, a princípio, não parece ser de gozo, senão de tristeza. No entanto, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela (Hb 12.5,11). Essas duas referências mostram a natureza da disciplina na igreja, qual seja, o amor de Deus que corrige e produz frutos.

II. O PRÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA

Nas palavras do reverendo Antônio Gilberto, citado no livro de apoio pelo comentarista, José Gonçalves: “Devido à má aplicação da disciplina cristã na igreja, ela passou a ter um sentido negativo e repulsivo, quando devia ser o inverso. "Disciplina" vem da mesma palavra que originou "discípulo" e "aprendiz" o alvo da verdadeira disciplina é ajudar o crente a ser um bom discípulo. Por outro lado, todo bom discípulo de Jesus deve ser amigo da disciplina”.

Sem dúvidas, o nosso amado pastor, de saudosa memória, está certíssimo. O propósito da verdadeira disciplina é ajudar o crente. Em outras palavras, a disciplina tem o propósito de preservar a honra cristã e repelir a prática do pecado. Nesse sentido, a igreja ou o líder não pode ser complacente com o pecado, “porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós” (Rm 2:24). Se o pecado não for reprimido, o nome de Deus é tratado com desdém no meio dos ímpios.

Dentre outros propósitos, a disciplina também busca inibir a prática do pecado. Lembro-me de quando era criança, éramos seis, quando um errava e era corrigido, o recado era dado para todos. No sistema penal acusatório adotado pelo nosso sistema normativo, toda conduta ilícita e antijurídica é punível. O objetivo é criar na consciência popular que o crime é punível e que não compensa.

No Éden não foi diferente. A ordem foi explícita: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16,17). Além dos muros da igreja, em qualquer organização, se não houver ‘disciplina’, tem-se um organismo/organização disfuncional.

No contexto da igreja, portanto, o texto neotestamentário deixa claro que ‘um pouco de fermento leveda toda a massa’. Neste tópico em específico, o autor trouxe à luz o texto de (1 Co 5. 1,2), no qual o apóstolo Paulo cobrava dos irmãos em Corinto um posicionamento. Naturalmente, quando o pecado é tolerado na igreja, ela se torna fraca, deixa de ser sal e luz da terra, e passa a se comportar apenas como uma associação de pessoas.

III. AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA

O autor apresenta pelo menos três formas de disciplina. A primeira é a disciplina como modo de correção. A figura da correção está fortemente ligada à imagem do pai que corrige seus filhos (Pv 23.12). Aquele a quem Deus considera como filho, e que o aceita como pai, experimenta o mesmo (Hb 12.7). Por outro lado, aquele que está sujeito à disciplina e não se submete a ela não é considerado filho (Hb 12.8).

A disciplina como forma de restauração. Em linhas gerais, o propósito da disciplina é ajudar o crente. A disciplina aponta onde o crente está faltoso para que se possa curar. O comentarista coloca que o aspecto da disciplina restaurativa busca justamente recuperar o homem atingido pelo pecado ao seu estado anterior. O olhar da igreja em relação ao crente que faltou ou fugiu dos preceitos bíblicos é sempre a restauração, nunca a excomunhão.

Todavia, há situações de pecadores obstinados que contribuem para que o nome de Deus seja blasfemado e, consequentemente, o nome da igreja seja jogado na vala comum. Para corrigir essa falha, é necessário adotar uma medida mais enérgica. É o caso de uma situação extrema de pecador contumaz. Nessa situação, a exclusão se torna o caminho mais viável a ser aplicado pela igreja.

A esse respeito o autor escreve o seguinte: “Esse tipo de disciplina é também conhecido como “cirúrgica”. Isto porque o membro é cortado do Corpo de Cristo: “Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo” (1Co 5.13). Nesse caso, há um desligamento e não apenas um afastamento da comunhão”.

CONCLUSÃO

Nesta lição, falamos sobre a Disciplina na Igreja. Vimos que ela é necessária, visto que Deus é santo e a igreja é santa. Quando a igreja não corrige, a consequência é real. Por outro lado, observamos que o propósito da disciplina é preservar a honra cristã e repelir o pecado. Dentre as formas de pecado, a que se mostra mais grave é a exclusão. Essa é a última medida a ser adotada, quando todas as demais foram superadas.

 

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