Por Israel
Rodrigues
A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO
TEXTO ÁUREO
E perseveravam na doutrina dos
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. (At 2.42).
VERDADE PRÁTICA
Como o sal fora do saleiro cumpre a
sua função de salgar, assim a Igreja quando adora e discipula, testemunha das
insondáveis riquezas de Cristo.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Marcos 16. 14-20;
Atos 2.42-47 (cf)
OBJETIVOS
I.
Refletir sobre a principal missão da Igreja de Cristo
na Terra;
II.
Aprofundar o entendimento sobre a adoração a Deus e a
edificação mútua, como atos contínuos;
III. Pensar a comunhão fraternal e a atuação social como marca da uma igreja cristã genuína.
INTRODUÇÃO
Olá, prezados irmãos! A paz do
Senhor. Na lição 4, estudamos sobre a Igreja e o Reino de Deus, numa
perspectiva universal e soberana, bem como o seu aspecto presente e futuro.
Também foi estudado que a Igreja é a expressão desse Reino. Agora, a lição que
passamos a tratar vai abordar a missão da Igreja de Cristo em três dimensões:
a) pregação e instrução; b) adoração e edificação; c) comunhão e socialização.
Boa leitura!
I. PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO
Acho muito interessante a
passagem em que o apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, diz: “Porque não me
envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê (Rm 1.16)”. O apóstolo Paulo tinha conhecimento da dimensão
do poder de Deus e das boas novas anunciadas pelos discípulos e, a ele, Paulo,
anunciada pelo próprio Jesus (At 9.5). Pregar o evangelho é uma ordem vinda
diretamente do nosso mestre (Mc 16.15) e não combina com a timidez ou vergonha.
Em relação a esse assunto ao
autor pontua o seguinte:
“Referindo-se a essa missão,
Marcos usa o verbo grego Keryssó, traduzido como “pregar”, “proclamar”. O
sentido é de um arauto que proclama algo”.
Todos nós, numa maneira simples
de dizer, somos pregadores desse evangelho. A comissão da Igreja é exercida por
meio da pregação do evangelho de Cristo ressuscitado.
O objeto das Boas-Novas
anunciadas pela Igreja é o próprio Cristo, a palavra encarnada, o Filho de
Deus. Irmãos, a Igreja anuncia um Cristo ressuscitado. A esse respeito, o
apóstolo Paulo diz que se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã e, como
consequência, a nossa fé também. Não faria sentido as várias promessas feitas
pelos profetas e por Jesus sobre a sua vinda, se Ele não houvesse ressuscitado.
A nossa pregação, como bem falou Paulo, seria sem sentido. Se Cristo não
ressuscitou, também nós não ressuscitaremos no último dia.
Graças a Deus, pela fé, cremos
que Deus ressuscitou o seu filho amado, Jesus Cristo. A Palavra inspirada nos
dá vários fragmentos da incontestável verdade. Para citar apenas o apóstolo
Paulo, na primeira epístola aos Coríntios, o apóstolo apresenta inúmeras provas
da ressurreição de Jesus: a) visto por Cefas e depois pelos doze; b) visto por
uma multidão com cerca de quinhentos irmãos; c) visto por Paulo (1 Co 15.
1-14). O evangelho que pregamos é vivo, porque Jesus está vivo.
Para concluir, a Igreja, além de
pregar o evangelho, também ensina. Vejamos o que diz o texto: “e perseveravam
na doutrina dos apóstolos”. Persevera quem é discípulo, quem foi ensinado a ser
seguidor de Cristo. O autor da lição explica que pregar significa anunciar aos
de fora, enquanto que discipular quer dizer ensinar os que estão do lado de
dentro. Interessante essa observação em relação à pregação e ao ensino da
palavra. Vejamos os próximos tópicos II e III.
II- ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO
A mensagem que anunciamos é viva
(Hb 4.12). Acreditamos que o nosso Senhor Jesus ressuscitou e está assentado à
direita de Deus (Mc 16.19). A pessoa que ouve esta mensagem e crê, arrepende-se
e, pelo processo da conversão, passa a ser um novo membro do corpo de Cristo,
que é a Igreja, metaforicamente falando, à luz das Sagradas Escrituras. Do lado
de dentro, esse novo membro é ensinado. Ele aprende os primeiros rudimentos da
fé, as doutrinas, costumes e liturgias da Igreja da qual faz parte.
Esse processo de aprendizado na
adoração e edificação é contínuo e não tem fim. Arrisco-me a dizer que não
existe ninguém que possa afirmar que já concluiu, por assim dizer, o seu
‘edifício’, a sua adoração a Deus, que não há mais nada a aprender, a pesquisar,
que o seu processo de santificação terminou. Pelo contrário, neste corpo
corruptível, nós precisamos sempre aprender, sempre nos santificar e devotar a
Deus o mais perfeito culto. Nesse sentido, vale a pena conferir o que está em
1Co 10.12.
Assim, somos uma comunidade que
anuncia o evangelho, as boas-novas. O autor da lição explica que a palavra
“edificar” deriva do grego “oikodomé”, com o sentido literal de alguém que
constrói um edifício (Mt 7.24). A edificação está no sentido espiritual, no
crescimento da Igreja, no seu aperfeiçoamento, na defesa da fé (1Pe 3.15), etc.
De modo que não fomos abandonados por Deus. Ele deixou homens e mulheres e
entregou dons para que estes trabalhem no aperfeiçoamento do Corpo de Cristo
(Ef 4.12).
III- COMUNHÃO E SOCIALIZAÇÃO
Vejamos o seguinte: Até aqui,
refletimos que a principal missão da Igreja de Cristo é anunciar o evangelho e
fazer discípulos. Isso se dá por meio da pregação e, posteriormente, do ensino
da palavra. No tópico dois, analisamos que o novo membro é instruído a adorar a
Deus e que esse processo é contínuo. Deus deu dons à Igreja, a homens e
mulheres, para o aperfeiçoamento dos santos. Neste tópico, a ênfase está
relacionada à comunhão e à fraternidade.
A comunhão está relacionada à
parceria e participação da Igreja local nos vários problemas que os membros
congregados enfrentam. Na leitura bíblica, é dito que os irmãos perseveravam na
comunhão e no partir do pão. O apóstolo João, na sua primeira epístola,
assevera que quem anda na luz tem comunhão com os outros (1 Jo 1.7). Nesse
contexto, o significado da palavra grega “koinonia” é traduzido como comunhão,
no sentido de parceria e participação.
Não pode haver unidade sem
comunhão. A Igreja de Deus é unida, havendo, portanto, uma só unidade no amor,
na fé, na esperança, etc. (Ef 4. 1-16). A unidade só pode brotar de um corpo
unido e ajustado em todas as suas bases estruturais. É dito da Igreja primitiva
que todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Isso revela outro
aspecto da comunhão da Igreja: o elemento da fraternidade.
A fraternidade é derivada do
latim, significando “irmandade”. A raiz dessa palavra é “frater”, que significa
“irmão” (dic. origemdapalavra). Jesus, no evangelho segundo Mateus, 23.8, diz
que somos todos “irmãos”. No grego, a palavra usada para “irmão” é “adelphos”,
e tem um sentido mais amplo, incluindo irmão de sangue, clã, vizinhos,
discípulos, entre outros. Nós somos irmãos porque temos um só batismo, um só
Senhor e Deus.
Assim, todos nós, membros do
Corpo de Cristo, precisamos cuidar uns dos outros. A Igreja em geral, com as
várias denominações, tem prestado um excelente trabalho social para os
necessitados. São vários os projetos dessa natureza que suprem a necessidade dos
nossos irmãos mais vulneráveis. Quando realizamos essas ações filantrópicas,
estamos exercitando a nossa fé e o amor ao próximo.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que a
Igreja de Deus tem uma missão muito importante: pregar as boas-novas de
salvação a toda a humanidade. Além disso, é nosso papel instruir na palavra o
novo convertido. A Igreja do Senhor possui vários membros e Deus deu dons a
essas pessoas para a edificação da Igreja. Por fim, verificou-se que a Igreja
desempenha um papel importante na esfera social. Há muito a melhorar, mas a
Igreja tem demonstrado grande amor pelos irmãos mais carentes. Deus abençoe a
todos.
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