quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Comentário da Lição 5-EBD-Revista de Adultos-1º Trimestre, 04/02/24


Por Israel Rodrigues

 

 

A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO



TEXTO ÁUREO

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. (At 2.42).

VERDADE PRÁTICA

Como o sal fora do saleiro cumpre a sua função de salgar, assim a Igreja quando adora e discipula, testemunha das insondáveis riquezas de Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Marcos 16. 14-20; Atos 2.42-47 (cf)

 

OBJETIVOS

I.                    Refletir sobre a principal missão da Igreja de Cristo na Terra;

II.                 Aprofundar o entendimento sobre a adoração a Deus e a edificação mútua, como atos contínuos;

III.              Pensar a comunhão fraternal e a atuação social como marca da uma igreja cristã genuína.

INTRODUÇÃO

Olá, prezados irmãos! A paz do Senhor. Na lição 4, estudamos sobre a Igreja e o Reino de Deus, numa perspectiva universal e soberana, bem como o seu aspecto presente e futuro. Também foi estudado que a Igreja é a expressão desse Reino. Agora, a lição que passamos a tratar vai abordar a missão da Igreja de Cristo em três dimensões: a) pregação e instrução; b) adoração e edificação; c) comunhão e socialização. Boa leitura!

I. PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO

Acho muito interessante a passagem em que o apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, diz: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16)”. O apóstolo Paulo tinha conhecimento da dimensão do poder de Deus e das boas novas anunciadas pelos discípulos e, a ele, Paulo, anunciada pelo próprio Jesus (At 9.5). Pregar o evangelho é uma ordem vinda diretamente do nosso mestre (Mc 16.15) e não combina com a timidez ou vergonha.

Em relação a esse assunto ao autor pontua o seguinte:

“Referindo-se a essa missão, Marcos usa o verbo grego Keryssó, traduzido como “pregar”, “proclamar”. O sentido é de um arauto que proclama algo”.

Todos nós, numa maneira simples de dizer, somos pregadores desse evangelho. A comissão da Igreja é exercida por meio da pregação do evangelho de Cristo ressuscitado.

O objeto das Boas-Novas anunciadas pela Igreja é o próprio Cristo, a palavra encarnada, o Filho de Deus. Irmãos, a Igreja anuncia um Cristo ressuscitado. A esse respeito, o apóstolo Paulo diz que se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã e, como consequência, a nossa fé também. Não faria sentido as várias promessas feitas pelos profetas e por Jesus sobre a sua vinda, se Ele não houvesse ressuscitado. A nossa pregação, como bem falou Paulo, seria sem sentido. Se Cristo não ressuscitou, também nós não ressuscitaremos no último dia.

Graças a Deus, pela fé, cremos que Deus ressuscitou o seu filho amado, Jesus Cristo. A Palavra inspirada nos dá vários fragmentos da incontestável verdade. Para citar apenas o apóstolo Paulo, na primeira epístola aos Coríntios, o apóstolo apresenta inúmeras provas da ressurreição de Jesus: a) visto por Cefas e depois pelos doze; b) visto por uma multidão com cerca de quinhentos irmãos; c) visto por Paulo (1 Co 15. 1-14). O evangelho que pregamos é vivo, porque Jesus está vivo.

Para concluir, a Igreja, além de pregar o evangelho, também ensina. Vejamos o que diz o texto: “e perseveravam na doutrina dos apóstolos”. Persevera quem é discípulo, quem foi ensinado a ser seguidor de Cristo. O autor da lição explica que pregar significa anunciar aos de fora, enquanto que discipular quer dizer ensinar os que estão do lado de dentro. Interessante essa observação em relação à pregação e ao ensino da palavra. Vejamos os próximos tópicos II e III.

II- ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO

A mensagem que anunciamos é viva (Hb 4.12). Acreditamos que o nosso Senhor Jesus ressuscitou e está assentado à direita de Deus (Mc 16.19). A pessoa que ouve esta mensagem e crê, arrepende-se e, pelo processo da conversão, passa a ser um novo membro do corpo de Cristo, que é a Igreja, metaforicamente falando, à luz das Sagradas Escrituras. Do lado de dentro, esse novo membro é ensinado. Ele aprende os primeiros rudimentos da fé, as doutrinas, costumes e liturgias da Igreja da qual faz parte.

Esse processo de aprendizado na adoração e edificação é contínuo e não tem fim. Arrisco-me a dizer que não existe ninguém que possa afirmar que já concluiu, por assim dizer, o seu ‘edifício’, a sua adoração a Deus, que não há mais nada a aprender, a pesquisar, que o seu processo de santificação terminou. Pelo contrário, neste corpo corruptível, nós precisamos sempre aprender, sempre nos santificar e devotar a Deus o mais perfeito culto. Nesse sentido, vale a pena conferir o que está em 1Co 10.12.

Assim, somos uma comunidade que anuncia o evangelho, as boas-novas. O autor da lição explica que a palavra “edificar” deriva do grego “oikodomé”, com o sentido literal de alguém que constrói um edifício (Mt 7.24). A edificação está no sentido espiritual, no crescimento da Igreja, no seu aperfeiçoamento, na defesa da fé (1Pe 3.15), etc. De modo que não fomos abandonados por Deus. Ele deixou homens e mulheres e entregou dons para que estes trabalhem no aperfeiçoamento do Corpo de Cristo (Ef 4.12).

III- COMUNHÃO E SOCIALIZAÇÃO

Vejamos o seguinte: Até aqui, refletimos que a principal missão da Igreja de Cristo é anunciar o evangelho e fazer discípulos. Isso se dá por meio da pregação e, posteriormente, do ensino da palavra. No tópico dois, analisamos que o novo membro é instruído a adorar a Deus e que esse processo é contínuo. Deus deu dons à Igreja, a homens e mulheres, para o aperfeiçoamento dos santos. Neste tópico, a ênfase está relacionada à comunhão e à fraternidade.

A comunhão está relacionada à parceria e participação da Igreja local nos vários problemas que os membros congregados enfrentam. Na leitura bíblica, é dito que os irmãos perseveravam na comunhão e no partir do pão. O apóstolo João, na sua primeira epístola, assevera que quem anda na luz tem comunhão com os outros (1 Jo 1.7). Nesse contexto, o significado da palavra grega “koinonia” é traduzido como comunhão, no sentido de parceria e participação.

Não pode haver unidade sem comunhão. A Igreja de Deus é unida, havendo, portanto, uma só unidade no amor, na fé, na esperança, etc. (Ef 4. 1-16). A unidade só pode brotar de um corpo unido e ajustado em todas as suas bases estruturais. É dito da Igreja primitiva que todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Isso revela outro aspecto da comunhão da Igreja: o elemento da fraternidade.

A fraternidade é derivada do latim, significando “irmandade”. A raiz dessa palavra é “frater”, que significa “irmão” (dic. origemdapalavra). Jesus, no evangelho segundo Mateus, 23.8, diz que somos todos “irmãos”. No grego, a palavra usada para “irmão” é “adelphos”, e tem um sentido mais amplo, incluindo irmão de sangue, clã, vizinhos, discípulos, entre outros. Nós somos irmãos porque temos um só batismo, um só Senhor e Deus.

Assim, todos nós, membros do Corpo de Cristo, precisamos cuidar uns dos outros. A Igreja em geral, com as várias denominações, tem prestado um excelente trabalho social para os necessitados. São vários os projetos dessa natureza que suprem a necessidade dos nossos irmãos mais vulneráveis. Quando realizamos essas ações filantrópicas, estamos exercitando a nossa fé e o amor ao próximo.

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos que a Igreja de Deus tem uma missão muito importante: pregar as boas-novas de salvação a toda a humanidade. Além disso, é nosso papel instruir na palavra o novo convertido. A Igreja do Senhor possui vários membros e Deus deu dons a essas pessoas para a edificação da Igreja. Por fim, verificou-se que a Igreja desempenha um papel importante na esfera social. Há muito a melhorar, mas a Igreja tem demonstrado grande amor pelos irmãos mais carentes. Deus abençoe a todos.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário