quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Comentário da Lição 4-EBD-Revista de Adultos-1º Trimestre, 28/01/24 Por Israel Rodrigues

 

Por Israel Rodrigues

 

 

A IGREJA E O REINO DE DEUS


TEXTO ÁUREO

(...) O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho. (Mc 1.15)

VERDADE PRÁTICA

Prega a mensagem do Reino de Deus é uma importante missão da Igreja.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Marcos 1:14-17

¹⁴ E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus,

¹⁵ E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.

¹⁶ E, andando junto do mar da Galiléia, viu Simão, e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.

¹⁷ E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.

 

OBJETIVOS

I.                    Relacionar a natureza do Reino de Deus com a nação de Israel, bem como o seu propósito com a existência da Igreja;

II.                 Apontar as dimensões do Reino de Deus nas realidades presente e futura;

III.              Destacar a Igreja como projeto de Deus e expressão de seu Reino na plenitude dos tempos.

INTRODUÇÃO

Na lição de número 3, estudamos a Natureza da Igreja. Verificamos sua natureza nas dimensões confessional, local/universal e comunitária. Na lição deste domingo, falaremos sobre a Igreja e o Reino de Deus. Desenvolveremos nossos argumentos a partir das seguintes questões: O Reino de Deus é universal e soberano? A Igreja, a Nação de Israel e o Reino de Deus são coisas distintas? É correto afirmar que a Igreja é a expressão presente do Reino de Deus? Acompanhem-nos nesta investigação.

 

I.                   A NATUREZA DO REINO DE DEUS

Na página 47 do livro de apoio, o autor assim define Reino de Deus, como:

(...) governo soberano de Deus. Dessa forma, o Senhor governa soberanamente sobre a sua criação e sobre todos os governos humanos (Dn4.25). Nada, portanto, está fora do seu controle”.

O governo de Deus é eterno, universal e soberano. Seu domínio se estende de geração a geração, portanto, é um Reino perpétuo (Sl 145:13; 9:7; 45:6)

A universalidade do Reino de Deus. Deus reina sobre as nações; Deus se assenta sobre o trono da sua santidade. Pois, Deus é o Rei de toda a terra. Essas palavras do salmista, expressa bem a natureza universal do Reino de Deus (47.8,7). O Reino de Deus é global, o que significa que não há fronteiras para a atuação do governo de Deus. Os governos terrenos são demarcados por territórios, devem ser reconhecidos por órgãos internacionais, devem ter um povo/nação, um governo representativo, etc. O governo eterno de Deus não se submete a nenhuma dessas diretrizes.

A soberania de Deus. O autor pontua que:

“(...) embora o mundo siga o seu curso, Deus não perdeu nem deixou de exercer domínio sobre ele, tampouco sobre o universo criado”.

Deus é soberano. Nada foge à Sua onipotência, onisciência e onipresença. Até mesmo o reino das trevas está submisso ao Seu poder (Dn 4.35; Jó 1. 6-12). Em Romanos 13. 1-2, lemos que todas as autoridades que existem foram estabelecidas por Ele. Isso não significa que Deus concorde com um governo tirano, por exemplo, ou que concorde com o mal. Significa apenas que as pessoas têm liberdade para agir.

Já pontuamos que o Reino de Deus é universal, eterno, soberano e imutável. Este último aspecto da natureza do Reino de Deus mostra o caráter imutável do Seu Reino. Ele não muda os Seus princípios e não falha em Suas promessas. O profeta Malaquias diz: ‘Porque eu, o SENHOR, não mudo.’ O homem é falho, todavia, Deus não falha. Ao longo da história da humanidade, Deus se revelou, mostrando mais do Seu propósito para salvar o homem.

Percebemos esse Reino glorioso de Deus na Antiga Aliança. Deus escolheu um povo a partir de Abraão, Isaque e Jacó, e fez-lhes promessas. A Moisés, Deus deu os Dez Mandamentos, leis civis e cerimônias, a Arca e o Tabernáculo, e também designou sacerdotes. Foi sob o comando de Josué que finalmente entraram na Terra Prometida. Até o profeta Samuel, o governo era teocrático; a partir do primeiro rei, Saul, passou-se a ter uma monarquia. Deus designou esse povo como luz para as nações (Is 60. 1-3), e por meio dele todas as nações seriam abençoadas (Gn 12.1-3)

O texto veterotestamentário apontava justamente para o advento da Igreja de Cristo. A esse respeito, o autor pontua o seguinte: ‘Esse propósito se concretizou na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Davi, que por intermédio de sua morte e ressurreição estabeleceu a Igreja (Ef 2.14; Gl 3.14; 4.28; 1Pe 2.9).’ Concluímos dizendo que o Reino de Deus não é a nação de Israel ou a Igreja, mas ambos são a expressão desse Reino.

II- AIGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS

Neste tópico, abordaremos o Reino de Deus como realidade presente e futura. No que diz respeito à realidade presente, o Reino de Deus está entre nós, visível e real. Vejamos:

(...) O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc 1.15)

Em Lucas 17.21, Jesus deixa claro que o Reino de Deus está ‘entre nós’. Tudo o que Jesus fazia, como curas, milagres e maravilhas, correspondia à real presença do Reino de Deus.

Vejam, o Reino de Deus se manifesta com poder, é sentido pelas pessoas e, portanto, pode ser vivido. Em Mateus, Jesus responde às blasfêmias dos fariseus, dizendo:

“Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus.” Mt 12. 27

O Reino de Deus, manifestado por meio do Seu Filho, não é um novo reino, mas é o mesmo Reino eterno de Deus, manifestado com poder por meio do Seu Filho Jesus (Ap 5. 1-9).

Mas, onde está o Reino de Deus? Como mencionado anteriormente, esse reino é real e, posso dizer, visível em alguns aspectos. Durante o ministério de Cristo, esse reino era percebido pelos sinais (Mt 12.27). Por outro lado, Jesus disse que o Reino estava entre nós (Lucas 17.21), ou seja, entre Seus seguidores. Isso mostra que era perceptível e visível na medida em que Jesus operava milagres. Mas, vejam, após a Sua morte, ressurreição e ascensão, esse Reino é percebido por meio da Sua Igreja (At 1.8; 2.1-4).

Nesse sentido, cito o comentarista da lição: “O Reino de Deus como realidade presente não está relacionado ao espaço geográfico, mas com a presença de Jesus, pois onde a presença dEle está, o Reino de Deus se manifesta” (Lc 17. 20,21). Respondendo à pergunta, onde está o Reino de Deus? O Reino de Deus está ou é manifestado onde Jesus está. Se Cristo é a cabeça desse corpo, se somos habitados pelo Espírito Santo de Deus, se somos nação eleita, povo adquirido, sacerdócio real, etc., somos, portanto, a Igreja. Onde há uma Igreja, seja no aspecto local ou universal, ali está o Reino de Deus.

Contudo, o Reino de Deus não é percebido apenas em sua dimensão presente. Esse Reino também é analisado em sua dimensão escatológica. Quando Jesus ascendeu ao céu em Atos dos Apóstolos, apareceram dois homens vestidos de branco, e anunciaram que Jesus voltaria da mesma forma que o viram subir (At 1.11). Essa promessa está nos evangelhos, nas epístolas e no livro da Revelação. No sistema de interpretação em que acreditamos, haverá um governo milenar de Cristo, portanto, um governo literal.

A esse respeito o comentarista da lição pontua que: “O Milênio, o reinado de mil anos sobre a Terra, faz parte dessa dimensão futura do Reino de Deus (Ap 20. 1-5)”. Deus seja louvado!

III- A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS

A distinção entre Igreja e o Reino de Deus. Nas palavras do autor:

Deve ser destacado que a Igreja faz parte do Reio de Deus. Contudo, ela não é o Reio de Deus em toda a sua expressão.

Por exemplo, o Reino de Deus é eterno e, portanto, existia mesmo antes da Igreja. No Antigo Pacto, o Reino já estava lá. Antes da chamada de Abraão, o Reino já estava lá. Antes de Noé, antes de Adão, o Reino sempre existiu.

A Igreja é a expressão desse Reino. O que isso significa? Em primeiro lugar, significa que a Igreja não é um remendo, como se Deus não tivesse controle da história e de repente idealizasse a Igreja. A Igreja do Senhor sempre esteve na mente de Deus, Ele nos elegeu antes da fundação do mundo (Ef 1.3,4; 1Pe 1.2).”

Em segundo lugar, a Igreja expressa o Reino de Deus quando obedece aos mandamentos sagrados, quando preserva a sã doutrina, quando vive e ensina sobre os princípios e valores sagrados. A Igreja expressa o Reino de Deus quando prega o evangelho da salvação aos perdidos, assim como fizeram os cristãos primitivos. A Igreja, tanto visível quanto local, expressa o Reino de Deus quando compreende sua obrigação de anunciar o evangelho em todo o mundo.

Concluo este tópico com a sinopse III:

O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus em todas as épocas. A Igreja, porém, está inserida no Reino de Deus.

CONCLUSÃO

Graças a Deus, chegamos ao fim de mais uma lição. Nesta lição, aprendemos sobre o Reino de Deus, sobre a sua natureza universal, a sua soberania, e fizemos uma leve distinção entre a nação de Israel e a Igreja no contexto do Reino de Deus. Também analisamos o Reino como uma realidade presente e futura, bem como observamos que a Igreja de Cristo é a expressão atual do Reino de Deus. Somos embaixadores desse Reino (1Co 5.20).

 

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