Por Natan Costa Rodrigues
Na década de 70, o padre peruano Gustavo Gutiérrez Merino, soltou o
catinguento Teología de la liberación. Perspectivas (Teologia da Libertação.
Perspectivas),
onde, conforme se defende, ele fundou e teorizou as bases da chamada Teologia
da Libertação. O texto viera à tona após um longo período de reflexões e
experiências entre pessoas comprometidas com o ideal de libertação da América
Latina.
O livro é composto de quatro seções, nas duas primeiras, se tenta
justificar teoricamente a Teologia da Libertação, e depois segue para
desdobramentos práticos das questões “teológicas”. Interessa-nos, especialmente,
as duas primeiras seções, assim nomeadas: I – Teologia e Libertação e II –
Colocação do Problema.
A fim de remir o tempo, e mesmo para poupar os leitores de uma
paisagem insólita, hostil e improdutiva encontrada em cada página do escrito em
questão, resolvi elencar os pontos principais dessa “Teologia”, seguidas das
contraposições Cristãs e bíblicas.
1.
Conceito
e Objetivo - A Teologia da Libertação busca
explicitamente a libertação econômica da América Latina retirando-a do seu status
de subdesenvolvimento. A palavra “libertação”, portanto, não se refere a
libertação da alma humana do poder do “Pecado”, mas sim à libertação social dos
“povos pobres, espoliados e oprimidos” a partir de um movimento político e revolucionário. Este
propósito, que nada tem de teológico, é visivelmente apenas a importação das maníacas
ideias e ideais dos comunistas para dentro da Igreja, isto é, trata-se de uma clara
tentativa de aparelhamento da Teologia e da Igreja para os fins revolucionários.