quarta-feira, 29 de maio de 2024

Comentário da Lição 9- EBD- Revista de Adulto - 2º. Trimestre, 02/06/24


Por Israel Costa Rodrigues

RESISTINDO À TENTAÇÃO NO CAMINHO


TEXTO ÁUREO

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca, (Mt 26.41)

VERDADE PRÁTICA

no lugar de ceder à tentação, é melhor triunfar sobre ela.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 4. 1-11

OBJETIVOS

I. Conceituar biblicamente o que é tentação e os seus aspectos na esfera humana.

II. Mostrar como nosso Senhor Jesus lidou com a tentação.

III. Apontar a estratégia para o crente resistir à tentação.

INTRODUÇÃO

Olá, prezados irmãos. Nesta lição, estudaremos como resistir à tentação em nossa jornada para o Céu. Quem nunca foi tentado, atire a primeira pedra. Certamente, todos nós já fomos tentados e quase diariamente temos que lidar com isso. Nesta lição, aprenderemos o conceito bíblico de tentação, como Jesus lidou com ela e quais lições aprendemos com nosso Mestre. Desejo a todos uma ótima leitura.

I- A TENTAÇÃO E SUA ESFERA HUMANA

Conceito bíblico de tentação. O autor Osiel pontua que tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, a tentação denota um teste, uma prova pela qual alguém é submetido. É importante notarmos que a origem da tentação não está em Deus. A esse respeito, Tiago é categórico: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg 1.13). A origem da tentação está no Diabo e na natureza pecaminosa do homem (Gn 3.1; Tg1.14). Contudo, é importante frisar que Deus dará o escape na tentação (1Co10.13).

Duas vias da tentação. A origem ou fonte da tentação decorre da natureza humana e também do Diabo. Os objetivos da tentação são claros: afastar o homem da comunhão com Deus. Esse foi o propósito do Diabo desde o início. Na primeira situação, a tentação, fruto da natureza pecaminosa, tem origem na concupiscência da carne. Tiago explica que a pessoa é atraída e enganada por seus próprios desejos. No segundo caso, a origem está no Diabo. Ele aproveita oportunidades em que o homem é potencialmente fraco, oferecendo vantagens, lucros, prazer, etc. Por isso, é importante vigiarmos.

Tentação um fenômeno humano. A tentação é, de fato, um fenômeno humano no sentido de que se processa dentro do ser humano e não fora dele. Tiago explica o caminho da tentação, que, se consumado, gera a morte espiritual do crente. Nesse sentido, temos que lidar com a vontade de Deus, a vontade do homem ou a vontade do Diabo. Já falamos anteriormente que Deus não tenta e nem pode ser tentado. Contudo, à luz de Tiago 1.1-4, Deus pode permitir certas provas para moldar nosso caráter, personalidade e paciência, não com o fim de nos afastar dEle mesmo.

II. O SENHOR JESUS E A TENTAÇÃO

A provação do Senhor Jesus. A leitura bíblica em classe de Mateus 4.1-11 fornece-nos algumas informações gerais sobre a tentação de Jesus. Primeiro, revela a natureza de Jesus: Ele é divino. A prova disso são as inúmeras profecias, além do fato de que, em seu batismo, estavam presentes o Pai, o Filho e o Espírito (Mt 3.16,17). Em segundo lugar, a tentação revela a sua obediência ao Pai; Jesus foi obediente como homem, dando-nos um grande exemplo. Em terceiro lugar, Ele foi tentado e venceu. Assim, Jesus, melhor do que ninguém, sabe o que significa a tentação, de modo que Ele mesmo pode nos socorrer na hora da tentação (Hb 2.18).

As áreas em que Jesus foi tentado. Osiel pontua que Jesus foi tentado em três áreas, a saber: a física, a divina e a espiritual. A tentação física refere-se às necessidades naturais que todos nós temos; Jesus sentia fome, sede e cansaço. Na tentação divina, o Diabo desafia a autoridade e o poder de Jesus, pedindo para que Jesus se lançasse do pináculo do Templo. A tentação espiritual refere-se à oferta feita pelo Diabo para que Jesus o adorasse. Essas são áreas em que constantemente somos tentados. Mas o nosso sumo sacerdote, Jesus Cristo, em tudo foi tentado, mas sem pecado, e sabe nos socorrer nesses momentos de prova (Hb 4.15).

Como Jesus venceu a tentação. De acordo com a lição e à luz do texto bíblico de Mateus 4.1-11, foram três áreas em que Jesus foi tentado. Lendo o texto, verifica-se que a arma para vencer o Diabo foi a Palavra. Para contestar o Diabo, Jesus usou referências específicas. Outro ponto que merece destaque é que Jesus não brincou; pelo contrário, usou de sua autoridade, firmeza e fidelidade ao Pai. Além da Palavra, Jesus usou a oração e o jejum; a propósito, a tentação ocorreu após um longo período de jejum. 

III - RESISTINDO À TENTAÇÃO

Todos somos tentados. Não existe crente que não seja tentado. A oração, o jejum e a leitura da Palavra não impedem que sejamos tentados; é importante que saibamos dessa verdade. No entanto, temos garantias da parte de Deus e de Sua Palavra. Por exemplo, em 1 Coríntios 10.13, Deus conhece as limitações de cada um de nós. Além disso, somos capacitados pelo Seu Espírito. Em Gálatas 5.16, a recomendação é que devemos andar no Espírito para não ceder às vontades da carne. Uma vida consagrada e guiada pelo Espírito oferece as armas necessárias para enfrentar cada situação.

Rejeite a Tentação. Em Gálatas 2.10, o apóstolo Paulo nos exorta a termos consciência de que pertencemos a Cristo e fomos crucificados com Ele. Essa é uma atitude consciente que todos devemos ter. Por exemplo, em Romanos 6.4 e Colossenses 3.13, devemos andar em novidade de vida e perdoar uns aos outros. Essas passagens reforçam nossa nova maneira de viver, na qual devemos nos apegar ao que é bom, um convite à sensatez e santidade. Temos exemplos de pessoas na Bíblia que resistiram à tentação, como José do Egito, que fugiu e rejeitou o prazer momentâneo, prosperando como resultado.

Arrependa-se. O fato de uma pessoa ser tentada pelo Diabo não significa que já está em pecado. De acordo com o escritor Tiago, a morte decorre do pecado consumado, ou seja, quando a pessoa cede aos desejos da carne e consuma o ato pretendido. O arrependimento deve ocorrer no primeiro momento, antes mesmo de ser concebido ou gerado, ainda no campo da imaginação. O homem deve, imediatamente e de acordo com sua consciência, pedir perdão a Deus. Isso é prevenção, e Deus perdoa (1 João 1.9).

CONCLUSÃO

Graças ao nosso bom Deus, chegamos ao fim de mais uma lição. Vimos que a tentação tem duas fontes: o Diabo e a natureza carnal do homem. Deus não tenta e não pode ser tentado. Jesus venceu a tentação, nos dando exemplo de que é possível resistir. Ele também é nosso Sumo Sacerdote e sabe se compadecer de nós quando somos tentados. As armas utilizadas por Jesus foram, em primeiro lugar, a Palavra, a oração e o jejum. Que Deus abençoe a todos, especialmente aqueles que chegaram até aqui.


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