quarta-feira, 13 de março de 2024

Comentário da Lição 11-EBD-Revista de Adultos-1º Trimestre, 17/03/24

 

Por Israel Rodrigues

 

 

O CULTO DA IGREJA CRISTÃ



 

TEXTO ÁUREO

Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. (1Co 14.26)

VERDADE PRÁTICA

O culto é uma sublime forma de nos expressarmos em adoração, louvor, gratidão e total rendição a Deus.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 5.15-21

OBJETIVOS

I. Identificar a natureza do culto a Deus, sua forma e conteúdo; II. Compreender o genuíno propósito do culto cristocêntrico; III. Enfatizar a primazia das Escritura e a importância da adoração entusiástica na liturgia pentecostal.

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor, povo de Deus. O que a Bíblia fala do culto a Deus? Qual é a natureza e o propósito do culto? O que deve ser o centro da adoração no culto? O que é mais importante no culto, a sua liturgia ou o seu conteúdo? Para discutir esses tópicos e outros, eu convido você a ficar comigo. Boa leitura, Deus abençoe a sua vida e de toda a sua família.

I- A NATUREZA DO CULTO

Em relação a natureza do culto, são apresentados três aspectos: a) o culto como serviço; b) o culto solene e o culto santo. Essas bases da natureza do culto são retirados da Bíblia a Palavra de Deus, tanto do texto veterotestamentario como do texto neotestamentário. A palavra culto, no nosso idioma, na acepção religiosa da palavra, refere-se à adoração uma divindade, com reverência, respeito e fervor.

O culto é apresentado a Deus como um serviço. O culto é um serviço que se presta a Deus, em primeiro lugar de maneira individual, quando os nossos corpos são apresentados como sacrifícios vivos a Deus (Rm 12. 1,2). Isso revela a vocação para a qual fomos chamados. Em segundo lugar, temos o conteúdo do culto e sua liturgia. Esses dois aspectos, sobretudo o último, revelam o culto realizado pela igreja, visível e local.

O culto como serviço respeita uma vida de separação a Deus. No Antigo Testamento, o culto oferecido a Deus fazia diferença entre o santo e o profano, entre o imundo e o limpo (Lv 10.10). No Novo Testamento, em Atos 13.1-4 (o que foi muito bem frisado pelo autor), enquanto os irmãos ‘serviam’, Deus escolheu os primeiros missionários para levar ao mundo o seu evangelho.

O culto deve ser solene. Solene, em linhas gerais quer dizer, algo festivo, organizado, litúrgico e cerimonial. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo fala da falta de reverência no culto (1Co 11.20). O culto oferecido à Deus deve ser verdadeiro. Ele não pode ser engessado por uma liturgia, mas também não pode deixa de tê-la. Veja que o apóstolo Paulo, quando trata desse assunto, da ordem no culto (1Co 14.26-40), ele traz elementos essenciais que não podem faltar, e que exigem uma sequência lógica.

O culto a Deus é santo. Deus é santo, portanto, o culto dirigido a Ele deve ser santo. Isso significa que toda a atenção, louvor e adoração é para Ele. Em 1Pe 1.15,16, está escrito: ‘mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo’. A santidade de Deus perpassa toda a Bíblia sagrada, (Lv 11.44; Lv 20.26; Ez 44.23).

No dizer do autor, o serviço se revela quando expressamos a nossa adoração a Deus, e também, o modo como oferecemos essa adoração. A natureza solene e santa do culto é demonstrada pelo seu conteúdo e forma. O primeiro está relacionado ao que não pode faltar no culto, a saber: a Palavra, os louvores, a oração, o jejum e os carismas. O segundo, relaciona-se à ordem dos acontecimentos. Estes aspectos são analisados de modo mais específico nos tópicos II e III.

II- O PROPÓSITO DO CULTO

O propósito do culto é a adoração a Deus. O culto deve ser, portanto, cristocêntrico. Jesus é o centro da adoração, Ele é o nosso mediador. Na verdade, quando nos dirigimos à igreja local, fazemos isso, ou deveríamos fazer, com o único objetivo de entregar a Deus uma adoração sincera, com toda a nossa força. Adorá-lo pelo que Ele é, pelo que faz, por Ele ser a nossa salvação. Contudo, os cultos têm se tornado encontros sociais, cultos antropocêntricos, cultos puramente materialistas. Certamente, essa forma de cultuar a Deus não é bíblica.

Quando não se cultua a Deus. Neste ponto específico, o comentarista da lição pontua o seguinte: ‘Se Deus não é celebrado, se Ele não é glorificado, então, o culto perdeu o seu real sentido’. Se Deus não é glorificado no culto, exaltado e adorado, o ‘culto’ perde literalmente a sua essência, a sua natureza de serviço. Pode ser que um culto seja solene, obedeça a uma liturgia, mas, se o conteúdo e o centro da adoração forem substituídos, a adoração perdeu o seu sentido verdadeiro (1Co 11.20).

No livro de apoio é dito o seguinte: ‘Dessa forma, precisamos destacar que o culto, visto como uma expressão de adoração a Deus, acontece em dois âmbitos: na esfera vocacional e na esfera celebrativa. O culto como expressão da nossa própria vocação e o culto como celebração que se expressa em atos rituais’ (pg. 123). Fica claro nas palavras do comentarista, com base em (Rm 12.1,2), a natureza do culto, tanto na esfera privada, no trato com as pessoas, ação que se expressa no dia a dia no relacionamento interpessoal, quanto o culto no sentido coletivo, da igreja local. Nos dois casos, Cristo é o centro.

Edificar a igreja. O propósito do culto é edificar a igreja. Em Mateus é dito: ‘Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela’ (Mt 16:18). A palavra grega que corresponde a ‘edificar’ é ‘oikodoméō’, significando construir, estabelecer, crescer em sabedoria e graça. Em Efésios 4.11,12, em relação aos dons ministeriais, Deus deu apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores para o aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do corpo de Cristo.

III- A LITURGIA DO CULTO

Por liturgia, entende-se um conjunto de ritos, cerimônias e práticas religiosas. Em Atos 13.1-4, encontramos a palavra ‘servindo’: ‘E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado’. O termo grego correspondente a essa palavra é ‘leitourgéō’, que significa fazer um serviço, um trabalho. Na situação em apreço, os irmãos que estavam na igreja em Antioquia estavam adorando a Deus, orando e jejuando. Então, o Espírito separou Barnabé e Saulo.

A exposição da palavra. ‘Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.’ (1Co 14:26). Esse texto revela, em relação ao modo, que o culto deve ser organizado, realizado na igreja local, todos devem participar e deve haver limite temporal. Em relação ao conteúdo, o culto deve ter salmos, doutrinas e a manifestação de dons espirituais.

No que respeita à palavra, o culto sem a palavra não é culto. Ela, a palavra, é que fundamenta a nossa fé em Cristo Jesus. A propósito, durante o seu ministério terreno, Jesus venceu tentações com a Palavra (Mt 4.1-11). No evangelho segundo Lucas, 4.14-22, Jesus faz a exposição da palavra, no livro do profeta Isaías. Na igreja primitiva, além do uso da palavra do Antigo Testamento, os discípulos e apóstolos de Jesus ensinavam o que viram e ouviram (1Jo 1.1-4).

A adoração entusiástica. No culto também há louvor. O louvor expressa a felicidade da alma, do espírito. O Salmo 150 expressa o quão maravilhoso é louvar a Deus. Ele diz: ‘Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor’. E, mais, ‘louvai a Deus no seu santuário’. Todavia, o culto não pode ser somente louvor. Deve ser reservado um tempo maior para a ministração da palavra de Deus.

O culto pentecostal é alegre. No culto, cujo propósito é adorar a Deus, não há lugar para a tristeza, para o rancor, para a ira etc. Vejamos: ‘Tu me mostras o caminho que leva à vida. A tua presença me enche de alegria e me traz felicidade para sempre’ (Sl 16:11). A alegria não começa no local do culto, ela é permanente na vida do crente. No culto, ela é expressa por meio do louvor. Não podemos esquecer da oração e do jejum (At 13:1-4), que são elementos essenciais de um culto espiritual, além, é claro, da manifestação dos dons.

CONCLUSÃO

Falamos sobre o Culto da Igreja Cristã. O culto é um serviço a Deus, feito com reverência e toda sinceridade de coração. O propósito do culto é glorificar ao nosso criador e mediador, Jesus Cristo. No culto cristão, não pode faltar a Palavra, os hinos, oração, jejum e a manifestação dos dons espirituais. Tudo isso, Deus deu para o crescimento e edificação da igreja.

 

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