Por Israel Costa Rodrigues
A IGREJA E O SUSTENTO MISSIONÁRIO
TEXTO ÁUREO
O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. (Fp 4.19).
VERDADE PRÁTICA
O sustento missionário é um investimento espiritual que Deus credita na conta dos doadores.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
Filipenses 4. 10-20
OBJETIVOS
I. Explicar a relação da Igreja de Filipos com o sustento missionário;INTRODUÇÃO
II. Elencar os princípios básicos do sustento missionário;
III. Conscientizar a respeito da importância do investimento financeiro da obra missionária.
Na lição de número 7, que tratou da Responsabilidade da Igreja com os Missionários, no tópico II, abordamos o cuidado integral dos missionários. O cuidado integral abrange todos os aspectos da vida daquele que está a serviço de anunciar o evangelho. Nesta lição, tomaremos como exemplos, duas igrejas do Novo Testamento: a igreja de Filipos e a igreja de Corinto. Além disso, destacaremos alguns princípios acerca do sustento missionário.
I - A IGREJA DE FILIPOS E SUSTENTO MISSIONÁRIO
A carta escrita pelo apóstolo Paulo aos irmãos de Filipos é o décimo primeiro livro do Novo Testamento. Pode-se dizer que é uma carta de agradecimento pelo amor e cuidado que os irmãos daquela igreja expressaram para com o apóstolo Paulo. Fica claro que os irmãos de Filipos mantinham uma relação de cooperação no evangelho desde o princípio (Fp 1.3-7).
A relação frutífera desenvolvida pela igreja de Filipos e seu apóstolo fazia com que Paulo expressasse seus mais sinceros sentimentos. Dizia ele: 'Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo' (Fp 1:8). Esse reconhecimento se deve à participação desses irmãos, tanto na graça quanto nas prisões do apóstolo (Fp 1.7).
Assim, podemos afirmar sem dúvidas que a relação da igreja de Filipos com o apóstolo Paulo era exemplar no que tange ao sustento missionário. O exemplo dessa igreja é, para nós na atualidade, um modelo a ser seguido. Mais uma vez, fica demonstrado que é um privilégio participar do sustento missionário
Outrossim, na lição 7 abordamos o tema 'sistema de apoio aos missionários'. O trabalho de missões envolve estratégias, métodos, estudos e planejamentos para que o missionário vá para o campo e desenvolva um bom trabalho. Assim, várias esferas de sustento missionário são desenvolvidas com o intuito de melhorar a vida de quem está fazendo missões.
Para finalizar este tópico, gostaria de pontuar o que o apóstolo Paulo escreveu: 'Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora' (Fp 1:3-5). Quando contribuímos, Deus supre as nossas necessidades, materiais e espirituais (Fp 4.18,19).
Obrigado por ter chegado até aqui. Neste tópico, aprendemos o seguinte: Que o apóstolo Paulo tinha uma boa relação com a igreja de Filipos. Que a igreja de Filipos é um modelo para as igrejas da atualidade. Que Paulo orava pelos irmãos de Filipos e rogava a Deus para suprir as necessidades deles. Veja o comentário do segundo tópico.
II - PRINCÍPIOS BÁSICOS ACERCA DO SUSTENTO MISSIONÁRIO PELA IGREJA
O autor da lição destaca importantes princípios sobre o sustento missionário. O trabalho evangelístico requer planejamento e ação. É interessante notar que em Lucas 14.28, Jesus se dirige à multidão com uma pergunta sobre alguém que deseja construir uma torre; ele primeiro se assenta para calcular os custos. Da mesma forma, no trabalho missionário, os gastos com moradia, transporte, educação, alimentação, saúde, entre outros, devem ser cuidadosamente considerados.
No livro de apoio, temos alguns princípios que merecem destaque: I) A contribuição missionária é individual: “Cada um [...]” (2 Co 9.7); 2) A contribuição missionária é voluntária: “[...] propôs no seu coração [...]” (2 Co 9.7); 3) A contribuição missionária envolve o sentimento: “[...] dá com alegria” (2 Co 9.7); 4) A contribuição missionária é sistemática: “No primeiro dia da semana [...]” (1 Co 16.2);
5) A contribuição missionária é proporcional: “[...] ponha a parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade [...]” (1 Co 16.2); 6) O investimento material resulta em bênçãos espirituais (1 Co 9.11; Rm 15.27). Pode-se afirmar que esses princípios são subjetivos, influenciando a vida pessoal de cada crente. Com base no amor e na fé salvífica, contribuem para o crescimento do Reino de Deus.
Contudo, destacamos alguns princípios institucionais que a igreja deve adotar:
a) Organização: A igreja deve considerar tanto a necessidade quanto à possibilidade. Isso implica analisar a carência e escassez do missionário, ao mesmo tempo em que avalia a viabilidade financeira da igreja para enviar e manter o missionário;b) Coleta eficiente de donativos: A igreja local deve realizar regularmente uma coleta de mantimentos para enviar diretamente ao missionário;c) Departamento de Missões: tem o objetivo de incentivar os irmãos a manterem o sustento dos missionários de forma voluntária;d) A contribuição deve ser contínua. Todos esses princípios combinados contribuem para o crescimento da obra. Somente um coração transformado por Jesus entende o significado de contribuir na propagação do evangelho (Lc 8.1-3).
Aprendemos neste tópico sobre alguns princípios subjetivos e institucionais que, combinados entre si, cooperam para o crescimento da obra. Jesus estabeleceu o princípio da organização e planejamento. Durante seu ministério terreno, Ele recebeu ajuda de mulheres que foram libertas do pecado. Que Deus abençoe! Vamos para o terceiro e último tópico.
III- APRENDENDO A INVESTIR NA OBRA MISSIONÁRIA
O autor da lição traz dois exemplos de igrejas cuja consciência em contribuir é bem distinta: a igreja de Filipos e a igreja de Corinto. A igreja de Filipos, localizada na região da Macedônia, apesar de ser muito pobre, seus irmãos eram generosos (2Co 8.2). Durante a leitura bíblica em classe, estudamos sobre a preocupação dos filipenses com o apóstolo Paulo (Fl 4.16). O apóstolo exalta essa qualidade e suplica a Deus para que supra as necessidades dos irmãos
A igreja de Corinto, por sua vez, ficava localizada na Grécia, e sua localização favorecia o desenvolvimento de atividades econômicas. Isso fazia com que a igreja de Corinto, em relação aos irmãos de Filipos, estivesse bem financeiramente. Além disso, a igreja era rica em dons espirituais (1Co 1.7), de modo que não lhes faltava nenhum dom. No entanto, Paulo os exortava a contribuir, pois parecia que essa era uma 'deficiência' daquela igreja (1Co 9.1-9).
Na segunda epístola que o apóstolo escreve aos irmãos da igreja de Coríntios, ele dá o exemplo das igrejas da Macedônia, muito provavelmente se referindo aos irmãos da igreja de Filipos. Ele faz isso para dar testemunho daqueles irmãos filipenses e, principalmente, encorajar a igreja de Coríntios a fazer o mesmo.
É muito importante que as igrejas tenham essa consciência da importância de contribuir. Uma igreja pode, como exemplo dos irmãos de Coríntios, ter muitos dons espirituais, contudo, sem amor, não há proveito. O amor se manifesta no ato de contribuir e ser generoso. O apóstolo deixa isso bem claro em sua primeira carta, quando diz: 'ainda que tivesse o dom de profecia, toda a fé, (...) e não tivesse amor, nada seria' (1Co 13.1-3).
CONCLUSÃO
A lição número 9, 'A Igreja e o Sustento Missionário', mostrou a relação entre o apóstolo dos gentios, Paulo, e as igrejas de Filipos e Coríntios. A primeira tinha um coração generoso e se importava com o apóstolo, enquanto a segunda, apesar da presença dos dons espirituais, precisou ser exortada sobre o ato de contribuir.
Aprendemos que é nosso dever contribuir na obra de missões. A igreja de Filipos é um exemplo a ser seguido pelas igrejas atuais. Sabemos que contribuir é um investimento no Reino Espiritual. Deus, que é poderoso, suprirá todas as nossas necessidades (Fp 4.19).
Amém!
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