Por Israel
Rodrigues
IGREJA: ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO
TEXTO ÁUREO
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós,
sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos
quais constituamos sobre este importante negócios (At 6.3)
VERDADE PRÁTICA
A Igreja é um organismo vivo. Contudo,
com toda estrutura viva, precisa ser organizada.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Atos 6. 1-7
OBJETIVOS
I.
Aprofundar o entendimento acerca da Igreja, enquanto
Corpo de Cristo, como um organismo ordenado;
II.
Compreender, por meio do exemplo da Igreja Primitiva, a
necessidade de organização para uma igreja viva e saudável;
III. Aprender sobre as principais formas de governo da Igreja, segundo a tradição cristã, e a escolha do modelo de nossa igreja.
INTRODUÇÃO
Na lição número 6, que ocorrerá em 11 de fevereiro de 2024, estudaremos
‘Igreja: Organismo e Organização’. Abordaremos os conceitos dessas duas
palavras. Ao final, verificaremos as formas de governo das igrejas na tradição
e qual modelo adotamos. Este é um assunto importante que desperta curiosidade.
Acompanhe-nos.
I - A ESTRUTURA DA IGREJA
José Gonçalves, define organismo, como sendo um “conjunto de órgãos que
constituem um ser vivo. Nesse aspecto, um corpo com as diferentes funções de
seus órgãos e membros é entendido como estruturas física de um organismo vivo”.
Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo usa o corpo humano de forma
metafórica para representar o corpo místico de Cristo (1 Co 12.27).
Por outro lado, organização “é a forma como se dispõe um sistema para
atingir os resultados pretendidos”, (enciclopédia significados). Nas palavras
de Antônio Gilberto, citado pelo autor da lição: “A Igreja é, ao mesmo tempo,
um organismo e uma organização. É a Igreja invisível com seu aspecto visível”.
Daí, temos a Igreja como organismo, que é revelada no seu aspecto universal e
invisível. A Igreja, como organização, é revelada no seu aspecto local e
visível.
Os extremos devem ser evitados. Há quem pense que a Igreja deva ser apenas
um organismo vivo e invisível, sem lideranças locais. Outros acreditam que o
caminho deva ser a institucionalização. Esses dois extremos são perigosos. O
primeiro fomenta a ideia dos ‘desigrejados’, enquanto o segundo fomenta a
divisão e o legalismo.
A esse respeito veja o que o autor escreve: “A organização é saudável, o
institucionalismo, não. A organização permite à igreja, como estrutura social,
se movimentar; o institucionalismo a enrijece e a neutraliza”.
A Palavra, desde o Antigo Testamento, revela que Deus é um ser organizado.
No texto neotestamentário, a Igreja é um organismo vivo e organizado. Os novos
convertidos da Igreja primitiva estavam sob os cuidados dos apóstolos de
Cristo. O livro de Atos revela que os primeiros cristãos eram organizados, pois
cuidavam da parte administrativa (At 2.42), instituíram líderes locais (At 6.6)
e viviam em comunhão. Isso pressupõe que havia unidade no corpo da igreja
local.
II- IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
Pensemos no seguinte: Você chega a uma determinada casa e observa que as
coisas estão todas fora de ordem. A casa está suja, a mesa está no quarto e a
cama está na garagem. Devido ao acúmulo de sujeira, a casa está com odor. Não
há pessoas que liderem na casa. A conclusão lógica para a descrição desse
cenário é a desorganização. A casa que cheira mal é o organismo, pois faltam
pessoas para liderar na casa e as coisas estão fora do lugar.
A Igreja do Senhor é um organismo vivo. No seu aspecto local, é um organismo
funcional. A presença de lideranças é imprescindível para o bom andamento dos
trabalhos a serem desenvolvidos.
É perceptível, nas Sagradas Escrituras, a presença de igrejas locais com uma
certa estrutura administrativa. Nas palavras do autor: “No contexto do Novo
Testamento, a Igreja existe localmente como comunidade organizada. Dessa forma,
havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc”.
A organização pressupõe uma estrutura. No sentido da Igreja invisível e
universal, Deus é o Pai, Jesus é o Filho e cabeça da Igreja, o Espírito Santo é
o consolador e nós somos os membros desse corpo. Essa estrutura está presente
também na Igreja local, quando Deus dá à Igreja local líderes para ensinar e
servir o seu povo (At 6.3; 16.4; Ef 4.11-16).
A organização é percebida na liturgia dos cultos. A esse respeito o apóstolo
Paulo escreve aos Coríntios; “Quando vos ajuntais cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça tudo para
edificação. (...) Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em
todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.26,33).
III- GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES
Fazemos parte de um organismo organizado. Essa organização se expressa por
meio dos governos da igreja, que são diferentes dependendo das tradições
adotadas. Neste tópico, falaremos sobre as formas de governo: Episcopal,
Presbiteral e Congregacional. Por fim, veremos qual forma nós adotamos.
Episcopal: Esse modelo é o atual modelo da Igreja Católica Romana. Nesse
modelo, a autoridade máxima é exercida pelo Papa. Nesse sistema, o Papa exerce
funções como chefe de Estado e também de natureza eclesiástica. Nas palavras do
autor: ‘No contexto atual, o episcopalismo defende que Cristo confiou o governo
da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores.
Presbiteral: Fazem parte desse sistema de governo as igrejas reformadas,
como os presbiterianos, por exemplo. Segundo o autor, algumas igrejas
pentecostais na América do Norte também fazem parte. Esse modelo constitui-se
na eleição de um conselho pela igreja. Todas as deliberações a serem adotadas
pelas igrejas locais inevitavelmente deverão passar pelo conselho central
antes.
Congregacional: Esse modelo desenvolve-se em âmbito mais restrito e local. A
Igreja elege seus líderes locais. Uma característica desse modelo é a autonomia
e independência que a igreja tem em relação às tomadas de decisões. Contudo, as
decisões tomadas nesse modelo de governo respeitam o princípio das decisões
colegiadas.
Modelo adotado pela Assembleia de Deus: O nosso modelo é híbrido, segundo
pontua o comentarista da lição. Adotamos, portanto, os sistemas episcopal e
congregacional. Isso porque temos as Convenções Geral e Estadual. As igrejas
locais são presididas por pastores autorizados pela convenção estadual, e estes
detêm autonomia administrativa dentro da jurisdição em que atuam.
CONCLUSÃO
Pela graça de Deus, chegamos ao final de mais uma lição. Dessa vez,
estudamos a Igreja como um organismo vivo e organizado. Além disso, vimos que a
igreja expressa essa organização por meio de sistemas de governo. No nosso
caso, adotamos um sistema híbrido: o episcopal e congregacional.
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