sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Comentário da Lição 6-EBD-Revista de Adultos-1º Trimestre, 11/02/24

 

Por Israel Rodrigues

 

 

IGREJA: ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO



TEXTO ÁUREO

Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócios (At 6.3)

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é um organismo vivo. Contudo, com toda estrutura viva, precisa ser organizada.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 6. 1-7

 

OBJETIVOS

 

I.                    Aprofundar o entendimento acerca da Igreja, enquanto Corpo de Cristo, como um organismo ordenado;

II.                 Compreender, por meio do exemplo da Igreja Primitiva, a necessidade de organização para uma igreja viva e saudável;

III.              Aprender sobre as principais formas de governo da Igreja, segundo a tradição cristã, e a escolha do modelo de nossa igreja.

INTRODUÇÃO

Na lição número 6, que ocorrerá em 11 de fevereiro de 2024, estudaremos ‘Igreja: Organismo e Organização’. Abordaremos os conceitos dessas duas palavras. Ao final, verificaremos as formas de governo das igrejas na tradição e qual modelo adotamos. Este é um assunto importante que desperta curiosidade. Acompanhe-nos.

I - A ESTRUTURA DA IGREJA

José Gonçalves, define organismo, como sendo um “conjunto de órgãos que constituem um ser vivo. Nesse aspecto, um corpo com as diferentes funções de seus órgãos e membros é entendido como estruturas física de um organismo vivo”. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo usa o corpo humano de forma metafórica para representar o corpo místico de Cristo (1 Co 12.27).

Por outro lado, organização “é a forma como se dispõe um sistema para atingir os resultados pretendidos”, (enciclopédia significados). Nas palavras de Antônio Gilberto, citado pelo autor da lição: “A Igreja é, ao mesmo tempo, um organismo e uma organização. É a Igreja invisível com seu aspecto visível”. Daí, temos a Igreja como organismo, que é revelada no seu aspecto universal e invisível. A Igreja, como organização, é revelada no seu aspecto local e visível.

Os extremos devem ser evitados. Há quem pense que a Igreja deva ser apenas um organismo vivo e invisível, sem lideranças locais. Outros acreditam que o caminho deva ser a institucionalização. Esses dois extremos são perigosos. O primeiro fomenta a ideia dos ‘desigrejados’, enquanto o segundo fomenta a divisão e o legalismo.

A esse respeito veja o que o autor escreve: “A organização é saudável, o institucionalismo, não. A organização permite à igreja, como estrutura social, se movimentar; o institucionalismo a enrijece e a neutraliza”.

A Palavra, desde o Antigo Testamento, revela que Deus é um ser organizado. No texto neotestamentário, a Igreja é um organismo vivo e organizado. Os novos convertidos da Igreja primitiva estavam sob os cuidados dos apóstolos de Cristo. O livro de Atos revela que os primeiros cristãos eram organizados, pois cuidavam da parte administrativa (At 2.42), instituíram líderes locais (At 6.6) e viviam em comunhão. Isso pressupõe que havia unidade no corpo da igreja local.

II- IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO

Pensemos no seguinte: Você chega a uma determinada casa e observa que as coisas estão todas fora de ordem. A casa está suja, a mesa está no quarto e a cama está na garagem. Devido ao acúmulo de sujeira, a casa está com odor. Não há pessoas que liderem na casa. A conclusão lógica para a descrição desse cenário é a desorganização. A casa que cheira mal é o organismo, pois faltam pessoas para liderar na casa e as coisas estão fora do lugar.

A Igreja do Senhor é um organismo vivo. No seu aspecto local, é um organismo funcional. A presença de lideranças é imprescindível para o bom andamento dos trabalhos a serem desenvolvidos.

É perceptível, nas Sagradas Escrituras, a presença de igrejas locais com uma certa estrutura administrativa. Nas palavras do autor: “No contexto do Novo Testamento, a Igreja existe localmente como comunidade organizada. Dessa forma, havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc”.

A organização pressupõe uma estrutura. No sentido da Igreja invisível e universal, Deus é o Pai, Jesus é o Filho e cabeça da Igreja, o Espírito Santo é o consolador e nós somos os membros desse corpo. Essa estrutura está presente também na Igreja local, quando Deus dá à Igreja local líderes para ensinar e servir o seu povo (At 6.3; 16.4; Ef 4.11-16).

A organização é percebida na liturgia dos cultos. A esse respeito o apóstolo Paulo escreve aos Coríntios; “Quando vos ajuntais cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça tudo para edificação. (...) Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos” (1 Co 14.26,33).

III- GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES

Fazemos parte de um organismo organizado. Essa organização se expressa por meio dos governos da igreja, que são diferentes dependendo das tradições adotadas. Neste tópico, falaremos sobre as formas de governo: Episcopal, Presbiteral e Congregacional. Por fim, veremos qual forma nós adotamos.

Episcopal: Esse modelo é o atual modelo da Igreja Católica Romana. Nesse modelo, a autoridade máxima é exercida pelo Papa. Nesse sistema, o Papa exerce funções como chefe de Estado e também de natureza eclesiástica. Nas palavras do autor: ‘No contexto atual, o episcopalismo defende que Cristo confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores.

Presbiteral: Fazem parte desse sistema de governo as igrejas reformadas, como os presbiterianos, por exemplo. Segundo o autor, algumas igrejas pentecostais na América do Norte também fazem parte. Esse modelo constitui-se na eleição de um conselho pela igreja. Todas as deliberações a serem adotadas pelas igrejas locais inevitavelmente deverão passar pelo conselho central antes.

Congregacional: Esse modelo desenvolve-se em âmbito mais restrito e local. A Igreja elege seus líderes locais. Uma característica desse modelo é a autonomia e independência que a igreja tem em relação às tomadas de decisões. Contudo, as decisões tomadas nesse modelo de governo respeitam o princípio das decisões colegiadas.

Modelo adotado pela Assembleia de Deus: O nosso modelo é híbrido, segundo pontua o comentarista da lição. Adotamos, portanto, os sistemas episcopal e congregacional. Isso porque temos as Convenções Geral e Estadual. As igrejas locais são presididas por pastores autorizados pela convenção estadual, e estes detêm autonomia administrativa dentro da jurisdição em que atuam.

CONCLUSÃO

Pela graça de Deus, chegamos ao final de mais uma lição. Dessa vez, estudamos a Igreja como um organismo vivo e organizado. Além disso, vimos que a igreja expressa essa organização por meio de sistemas de governo. No nosso caso, adotamos um sistema híbrido: o episcopal e congregacional.

 

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