Pular para o conteúdo principal

O Compromisso com a Pregação do Evangelho: Um Chamado à Fidelidade (1Coríntios 1. 22-24)

 







Por Jerffeson Cristiano

No livro O Tipo de Pregação que Deus Abençoa, o Dr. Steve Lawson faz uma observação crucial: embora haja muitas pregações hoje, nem todas são fiéis à Palavra de Deus. Ele destaca que existe um tipo de pregação que Deus abençoa — aquela que é fiel ao evangelho de Cristo. 

Vivemos em uma era onde resultados muitas vezes são priorizados acima da verdade. Mensagens são diluídas para agradar às massas, perdendo o poder transformador do evangelho. No entanto, a igreja é chamada a resgatar o compromisso com a pregação genuína, seguindo o exemplo do apóstolo Paulo. 

Paulo acreditava firmemente que "o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1:16). Sua vida nos ensina como enfrentar pressões, manter a fidelidade e perseverar na proclamação da mensagem de Cristo crucificado. 

Neste texto, vamos explorar três aspectos desse compromisso que Paulo nos deixou como exemplo: a pressão sobre o compromisso, a manutenção do compromisso e a razão do compromisso. 


1. A Pressão Sobre o Compromisso


Os judeus pedem sinais, e os gregos buscam sabedoria” (1 Coríntios 1:22). 

No contexto cultural de Paulo, os judeus esperavam sinais miraculosos como prova do Messias, enquanto os gregos valorizavam a filosofia e a retórica, buscando mensagens que fossem intelectualmente satisfatórias. 

Hoje, enfrentamos desafios semelhantes. O "evangelho da prosperidade", por exemplo, promete milagres financeiros como prova da bênção divina, enquanto a sociedade busca mensagens que sejam apenas motivacionais ou politicamente corretas, evitando confrontar o pecado e chamar ao arrependimento. 

A tentação de moldar a mensagem para agradar ao público é grande. No entanto, somos chamados a pregar a verdade, mesmo quando ela confronta ou é rejeitada (2 Timóteo 4:2). 


2. A Manutenção do Compromisso

 

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Coríntios 1:23). 

 

O evangelho é essencialmente Cristo crucificado. Ele é a reconciliação entre Deus e a humanidade (2 Coríntios 5:19), a paz estabelecida pelo sangue da cruz (Colossenses 1:20) e a justiça de Deus em nosso lugar (2 Coríntios 5:21). 

Muitos rejeitam essa mensagem por razões espirituais. A mentalidade da carne é inimiga de Deus (Romanos 8:7), e todos, judeus e gentios, estão subjugados pelo pecado (Romanos 3:9). No entanto, nossa tarefa não é controlar as reações, mas ser fiéis em proclamar a verdade. 

Assim como Paulo não desistiu diante das resistências, somos chamados a pregar com ousadia, confiando que o resultado pertence a Deus (Atos 18:9-10). 


3. A Razão do Compromisso 

 

“Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1:24). 

 

A salvação depende do chamado de Deus, que é eficaz e irresistível (João 6:44). Isso nos dá segurança: não pregamos em vão, pois Deus atrai os seus. 

O evangelho transforma vidas, pois é “o poder de Deus para a salvação” (Romanos 1:16). Testemunhos de conversões nos lembram do impacto eterno dessa mensagem. Além disso, o plano de salvação pode parecer loucura para o mundo, mas revela a sabedoria de Deus em seu amor e justiça (Isaías 55:8-9). 

 

Conclusão: Um Chamado à Fidelidade

 

Paulo nos ensina que pregar o evangelho não é opcional, mesmo quando enfrentamos rejeição ou aparentes fracassos. Algumas pessoas o rejeitarão, mas outras serão transformadas pelo poder de Deus. 

 

Aplicações Práticas:

 

1. O compromisso com o evangelho é inegociável: não devemos diluir a mensagem para agradar à cultura ou buscar aprovação.

2. Entenda as verdadeiras causas da resistência: O pecado e a mente carnal resistem ao evangelho, mas isso não deve nos desanimar. 

3. Confie nos resultados de Deus: Mesmo quando não vemos frutos imediatos, Deus está no controle dos efeitos da pregação. 


Chamado à Ação:


Onde está o seu compromisso com o evangelho? Em casa, no trabalho ou na igreja, Deus o chama a ser fiel. Quem ouvirá o evangelho por meio de você esta semana? 

Lembre-se: a Palavra de Deus não volta vazia. Pregue com ousadia, sabendo que Cristo é o poder e a sabedoria de Deus.

 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A salvação de Salomão: entre o automatismo verbal e a experiência da verdade

  Por Natan Costa Rodrigues Salomão, filho do rei Davi, tornou-se o terceiro rei da nação israelita. Seu governo, marcado por uma opulência material, possuiu ainda, como destaque, um tempo de paz e alianças com diversos povos e nações vizinhas. Salomão é conhecido e reconhecido, sobretudo, pela sua sabedoria inigualável nos tempos do Antigo Testamento. Segundo a Escritura não havia ninguém que o pudesse rivalizar neste quesito, nem antes e nem depois dele. É considerado um filósofo, cuja reflexão ainda não tinha sido influenciada pelo estilo grego de pensamento. Escreveu, ademais, conforme se acredita, três livros inspirados por Deus: Provérbios, um conjunto de ditos e axiomas; Eclesiastes [1] , um tratado contendo uma investigação acerca do que é útil de se fazer sob o sol, e Cântico dos Cânticos, um hino que celebra a união conjugal. Não obstante o exposto, este breve texto visa à análise de uma questão particularmente tormentosa acerca do sábio rei: a salvação de sua alma...

 Verdade Efetiva e Abstratismo: breves considerações acerca da Educação Brasileira.

Por Natan Costa Rodrigues Uma das funções superiores mais extasiantes do ser humano é a sua capacidade de abstrair. Diretamente, a abstração consiste em separar mentalmente aquilo que na realidade é indissociável. Podemos citar como exemplo o fato de percebermos o passado e retomá-lo em sede de um discurso. O fato passado já se foi, mas a nossa mente o torna presente como uma abstração. A mesma função do nosso espírito entra em cena quando procedemos à análise de qualquer matéria. Se vamos analisar o ser humano, o dividiremos em muitas partes: corpo, alma e espírito; dentro do corpo, procuraremos estudar separadamente os órgãos, células, tecidos, nervos, sistemas, etc.; em nossa parte imaterial, estudaremos as funções mentais e os processos cognitivos; da mesma maneira, penetraremos fundo nas emoções distinguido as suas várias espécies e intensidades. Esta minúcia de saber, que procedemos em abstrato, acha-se unida, em concreto, no indivíduo humano. A capacidade abstrativa, portanto, a...

O Pastorado Feminino é Bíblico?

  Prof. Wanderson Diego Este assunto em voga, tem elencado no decorrer dos anos várias discussões no tocante ao pastorado feminino. Há uma colisão de interpretações sobre o assunto em apreço.  Em primeiro lugar, devemos nos desprender de "achismos" e "subjetivismos" relacionado ao tema. Devemos nos pautar na "Carta Magna" que é a verdade insofismável que rege o homem. Conforme (At 10.34) onde está escrito: "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas".  Fica claro que, tanto o homem como a mulher, são amados e valorizados por Deus no mesmo nível. Por conseguinte, apesar deste amor ser equânime, devemos escrutinar os textos bíblicos que falam sobre à liderança eclesiástica.