Pular para o conteúdo principal

A mensagem apostólica do Cristo exaltado

                                                                                              Por Jerfferson Cristiano


At 2:32-33,36: “₃₂ Deus ressuscitou este Jesus, e disto todos nós somos testemunhas.
₃₃ Exaltado, pois, à direita de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vocês estão vendo e ouvindo.(…)
₃₆ … Portanto, toda a casa de Israel esteja absolutamente certa de que a este Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo.”

A pregação apostólica, registrada em Atos dos Apóstolos, deveria ser o modelo de pregação para a igreja em todos os séculos. Vivemos uma crise profunda na pregação moderna porque nos desvencilhamos da mensagem cristã do primeiro século. É importante refletir sobre isso, visto que foi essa mensagem anunciada no poder do Espírito que colocou o Império Romano de joelhos diante do Crucificado.

Temos aqui, uma pequena porção do que era dito na pregação apostólica, e aqui é anunciada a exaltação do Cristo pelo apóstolo Pedro em sua mensagem no dia de Pentecostes. Nestes versículos, Pedro nos diz três coisas sobre o Cristo exaltado.

Em primeiro lugar, o apóstolo diz que Deus ressuscitou a Jesus – v. 32. Deus ressuscitou Jesus Cristo no terceiro dia. Esse é o coração da mensagem cristã, e seu diferencial. Paulo disse aos coríntios que se Cristo não ressuscitou, somos os mais miseráveis dos homens, e é vã a nossa pregação. Jesus não está mais no sepulcro, podemos ser salvos por ele. Podemos ir a ele com firme convicção de que nossos pecados serão perdoados por seu sangue carmesim. A morte morreu na morte de Cristo! Deus, pelo seu grandioso poder, rompeu os cadeados da sepultura, e levantou o seu Cristo; o seu Ungido. Isso nos enche de alegria porque se Cristo vive, viveremos com ele; ele “transformará o corpo da nossa vergonha, para ser semelhante ao seu corpo de glória” Fp. 3.21.

Em segundo lugar, Pedro diz que Deus honrou a Jesus – v. 33. Pedro, em alto e bom-tom, diz que aquele Cristo que foi humilhado pelas autoridades judaicas, agora, ressuscitado, foi honrado por Deus, sendo assentado à sua direita no céu. Esse era um lugar de honra no mundo antigo. Quando alguém era exaltado, tinha lugar à direita do soberano do reino. Foi isso que Deus fez com Jesus.

Ele não está mais pendurado num madeiro humilhante; está em um trono glorioso. Em lugar de uma coroa de espinhos, tem muitas coroas de majestade; em vez de pregos nas mãos, tem um cetro real. Os anjos se curvam diante dele, e declaram seu senhorio. Nossa mensagem é de um Cristo que levantou-se da sepultara para se assentar no trono acima de todos os céus. Pedro ainda diz que o derramar do Espírito Santo no Pentecostes só foi possível porque Jesus está à direita de Deus no céu. Todas as vezes que alguém é batizado com o Espírito, a mensagem clara é: “Jesus está agora no céu, sentado no trono.”

Em terceiro lugar, Pedro diz que Deus nomeou a Jesus – v. 36. O apóstolo é direto em dizer, “este Jesus, que vocês crucificaram”. Ao crucificar Jesus, eles o nomearam como um criminoso, mas Pedro diz que Deus o nomeou de forma diferente. Deus é quem dá a palavra final; ele é quem decide o fim das coisas. O que homens dizem não é nada, quando Deus diz diferente.

Pedro diz que Deus nomeou Jesus como Senhor e Cristo. Dois títulos do seu reinando soberano. A igreja proclama que Jesus é o Senhor. Ele reina acima de todos os poderes no mundo visível e invisível. Seu trono é inabalável. Paulo diz que toda a língua deve confessar que Jesus é o Senhor. João, em Apocalipse, diz que ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. O mundo tem muitos reis, mas Jesus é o Rei; tem muitos senhores, mas só Jesus é o Senhor.

Essa era a pregação apostólica. Essa é a nossa pregação e nossa crença. Assim como Pedro no dia de Pentecostes, devemos dizer que não adianta tentar destruir aquilo que Deus edificou. Não adiantou crucificar o Cristo; Deus o ressuscitou. Humilhar o Cristo; Deus o honrou. Nem rebaixar o Cristo; Deus o nomeou. O mundo não pode ficar neutro diante desse Jesus que ele não pôde destruir; ou se rende ao seu senhorio, ou é esmagado pelo seu Reino vindouro. Quanto a nós, somos testemunhas dessas coisas. Esse Cristo é a nossa bandeira, nosso estandarte, e quanto mais estivermos dispostos a falar do seu nome, com mais poder o Espírito Santo irá usar a nossa vida.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A salvação de Salomão: entre o automatismo verbal e a experiência da verdade

  Por Natan Costa Rodrigues Salomão, filho do rei Davi, tornou-se o terceiro rei da nação israelita. Seu governo, marcado por uma opulência material, possuiu ainda, como destaque, um tempo de paz e alianças com diversos povos e nações vizinhas. Salomão é conhecido e reconhecido, sobretudo, pela sua sabedoria inigualável nos tempos do Antigo Testamento. Segundo a Escritura não havia ninguém que o pudesse rivalizar neste quesito, nem antes e nem depois dele. É considerado um filósofo, cuja reflexão ainda não tinha sido influenciada pelo estilo grego de pensamento. Escreveu, ademais, conforme se acredita, três livros inspirados por Deus: Provérbios, um conjunto de ditos e axiomas; Eclesiastes [1] , um tratado contendo uma investigação acerca do que é útil de se fazer sob o sol, e Cântico dos Cânticos, um hino que celebra a união conjugal. Não obstante o exposto, este breve texto visa à análise de uma questão particularmente tormentosa acerca do sábio rei: a salvação de sua alma...

 Verdade Efetiva e Abstratismo: breves considerações acerca da Educação Brasileira.

Por Natan Costa Rodrigues Uma das funções superiores mais extasiantes do ser humano é a sua capacidade de abstrair. Diretamente, a abstração consiste em separar mentalmente aquilo que na realidade é indissociável. Podemos citar como exemplo o fato de percebermos o passado e retomá-lo em sede de um discurso. O fato passado já se foi, mas a nossa mente o torna presente como uma abstração. A mesma função do nosso espírito entra em cena quando procedemos à análise de qualquer matéria. Se vamos analisar o ser humano, o dividiremos em muitas partes: corpo, alma e espírito; dentro do corpo, procuraremos estudar separadamente os órgãos, células, tecidos, nervos, sistemas, etc.; em nossa parte imaterial, estudaremos as funções mentais e os processos cognitivos; da mesma maneira, penetraremos fundo nas emoções distinguido as suas várias espécies e intensidades. Esta minúcia de saber, que procedemos em abstrato, acha-se unida, em concreto, no indivíduo humano. A capacidade abstrativa, portanto, a...

O Pastorado Feminino é Bíblico?

  Prof. Wanderson Diego Este assunto em voga, tem elencado no decorrer dos anos várias discussões no tocante ao pastorado feminino. Há uma colisão de interpretações sobre o assunto em apreço.  Em primeiro lugar, devemos nos desprender de "achismos" e "subjetivismos" relacionado ao tema. Devemos nos pautar na "Carta Magna" que é a verdade insofismável que rege o homem. Conforme (At 10.34) onde está escrito: "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas".  Fica claro que, tanto o homem como a mulher, são amados e valorizados por Deus no mesmo nível. Por conseguinte, apesar deste amor ser equânime, devemos escrutinar os textos bíblicos que falam sobre à liderança eclesiástica.