segunda-feira, 30 de junho de 2025

Relação Deus e Homem: fatos, imagens e sentidos - II - Senhor e servo

 



Por Natan Costa Rodrigues

Prosseguindo com a análise proposta, desta feita vamos avaliar a relação que se dá entre o homem, como servo, e Deus como Senhor. A narrativa bíblica expõe que Deus pôs o homem no Jardim do Éden, para nele trabalhar e o guardar[1]. O termo hebraico “âbad” significa “trabalhar”, “cultivar”, “servir”, designando, além da ideia de trabalho, a noção de servir a Deus (Ex. 3:12). É a mesma palavra, que no Latim, significa “cultuar”, donde nos vem os termos “culto” e “cultura”. Por certo que a ideia de trabalho nesse texto não envolve a concepção latina de tripalium, instrumento de tortura formado por três paus, donde nos vêm a atual carga negativa do termo “trabalho”. Desse modo, utilizaremos os termos “serviço”, “trabalho” e “culto” no sentido bíblico.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Relação Deus e Homem: fatos, imagens e sentidos - I - Criador e criatura

 


Por Natan Costa Rodrigues

Pretende-se, nesta série de meditações, uma breve análise acerca dos aspectos que envolvem a nossa relação com Deus e vice-versa. Estas relações, nas Escrituras, assumem diversas formas, a exemplo de alegorias e analogias, bem como de determinadas estruturas que são reais.

Desse modo, na Bíblia, vamos encontrar a nossa relação com Deus retratada, ora entre o Criador e a Criatura, ora entre Redentor e Redimidos; em outros momentos, teremos a alegoria onde Deus será nosso Pai e nós seremos os seus filhos. Em outra, Deus será Rei e nós seremos o seu povo, seus súditos. Outra figura consiste no Pastor e suas ovelhas; veremos a imagem do Noivo com a noiva e do marido com a sua esposa. E ainda a figura do Senhor e seus servos.

Todas essas imagens indicam aspectos da nossa relação com Deus e algo sobre como Deus se relaciona conosco e, por assim dizer, perfazem um quadro geral desse relacionamento. Por meio dessas analogias, figuras, e aspectos da realidade, conseguimos formar uma imagem abrangente da nossa relação com Deus e temos condições de nos guiar de uma forma plena, ou tendente a plenitude, em nosso relacionamento com Deus.

terça-feira, 22 de abril de 2025

O Corpo Humano na Pós-Modernidade: ou o crescimento pelo avesso



  Por Natan Costa Rodrigues

 

O propósito desta breve reflexão é a discussão em torno do corpo humano na era dita pós-moderna. O fato, que salta aos olhos, é que esse corpo está constantemente à mostra e se mostra cada vez mais. Esse movimento é ostensivo e constante. Não importa para onde se lançam os olhos, quase sempre algum corpo estará à mostra, realçando, por meio das vestes, as suas formas naturais. Eis o fato. Agora passemos a meditar no significado disto, isto é, no significado do corpo dentro desse contexto presente na atual sociedade.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Jesus e Nicodemos: O que é o Novo Nascimento?


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sexta-feira, 11 de abril de 2025

“Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas?” (João 3.10): O essencial que Nicodemos não entendia.







Por Hildson Pires

Nicodemos é apresentado no início do capítulo como fariseu e um dos principais dos judeus — ou seja, um membro da elite religiosa, provavelmente com assento no Sinédrio. Mais adiante, Jesus o chama de “mestre de Israel”, o que indica sua posição de autoridade no ensino da Torá. Ele não era apenas mais um estudioso, mas uma referência entre os intérpretes da Escritura. Os fariseus, grupo ao qual ele pertencia, se orgulhavam de ser discípulos de Moisés, guardiões da Lei, conhecedores das promessas e da vontade de Deus reveladas nas Escrituras.

E, no entanto, Nicodemos — com toda sua formação, prestígio e autoridade — demonstra não compreender o essencial. Diante da afirmação de Jesus: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3.5), ele reage com confusão. O que para Jesus era evidente, para Nicodemos era estranho. Isso revela que o novo nascimento, embora proclamado por Jesus, está ancorado nas promessas antigas. As palavras que Jesus usa — nascer do alto, da água e do Espírito — não são novidades. São metáforas bíblicas antigas, que ecoam especialmente a mensagem dos profetas, e mais particularmente Ezequiel 36.25–27: